
(02/04/2023) – A necessidade de reindustrializar o país esteve presente em praticamente todos os discursos na cerimônia de abertura da 3ª edição da Feira Internacional do Plástico – Plástico Brasil, realizada entre a última segunda e sexta-feira, 27 a 31 de março, na São Paulo Expo.
Para os representantes empresariais e de diferentes esferas de governo, apenas com uma indústria forte e tecnologicamente moderna o país conseguirá criar empregos de qualidade e prover a população de mais renda e capacidade de consumo, recolocando o Brasil, assim, na trilha do progresso.
O chefe do Departamento de Indústrias de Base Extrativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Flávio Morais da Motta, reforçou, por exemplo, o compromisso do banco de fomento com a reindustrialização brasileira, destacando a necessidade de a instituição voltar a atuar de forma mais ativa no setor, através de seus diferentes instrumentos.
“A nossa intenção é retomar o apoio à indústria em todos os seus elos, desde a geração de energia renovável, passando pela indústria de transformação e chegando até às micro, pequenas e médias”, disse Motta.
Já para Gino Paulucci Júnior, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), entidade promotora da feira, o processo de reindustrialização exigirá, no entanto, a eliminação dos entraves que contribuem para a redução dos investimentos e também da insegurança jurídica.
“As aprovações das reformas certamente contribuirão para a melhoria da competitividade e o desenvolvimento industrial”, afirmou o executivo.
A secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo, Aline Cardoso, apontou que a cidade, a maior metrópole brasileira, pode aproveitar o atual momento de reflexão sobre o reposicionamento mundial da indústria para abrir oportunidades de negócios para todo o país.
“Isso significa investir em inovação e competitividade. A cidade e o Brasil têm todas as condições de alcançar este objetivo”, disse ela. “Basta ampliar os investimentos e os percentuais dedicados à indústria dentro de uma política consistente do ponto de vista tecnológico”.