
(12/03/2023) – A indústria brasileira registrou, em janeiro, alta no nível de emprego, na massa salarial e na quantidade de horas trabalhadas, na comparação com dezembro de 2022.
É o que mostra a pesquisa “Indicadores Industriais”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgados na última quarta-feira, 8. O estudo identifica, mensalmente, a evolução de curto prazo da atividade industrial, mais especificamente da indústria de transformação.
De acordo com a pesquisa, a indústria iniciou 2023 com a maioria dos indicadores em um patamar superior ao começo do ano passado.
O emprego industrial, que registrou nos últimos cinco meses relativa estabilidade, teve, por exemplo, alta de 1,0% na comparação com o mês de janeiro do ano passado.
Já a massa salarial, que cresceu 1,5% em relação a dezembro, acumula aumento de 7,8% desde janeiro de 2022. As horas trabalhadas, por sua vez, tiveram crescimento de 0,5% e, no ano, de 3,2%.
Houve, no entanto, recuo no faturamento real das empresas e no rendimento médio dos trabalhadores do setor.
Os dados apontam queda de 0,9% no faturamento real da indústria em janeiro na comparação com dezembro. Já em relação ao primeiro mês de 2022, o recuo foi de 1,1%.
Os indicadores mostram também redução de 0,3% no rendimento médio real dos trabalhadores da indústria em relação a dezembro. Apesar dessa queda, o índice acumula alta de 6,6% desde janeiro de 2022.
A pesquisa revela, ainda, que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) permaneceu estável em janeiro na comparação com dezembro de 2022, com um índice de 79,7%, mas apresentou recuo de 1,5 ponto percentual na comparação com o mês de janeiro do ano passado.
De qualquer forma, segundo a economista da CNI Larissa Nocko, a indústria de transformação apresenta, em linhas gerais, uma posição melhor quando se compara o começo de 2023 com o de 2022.
“A pesquisa mostra certo fôlego relacionado ao mercado de trabalho, mas ao mesmo tempo um recuo do faturamento real das empresas. Só que a alta no emprego vem associada ao aumento do número de horas trabalhadas na produção, o que aponta um aquecimento da atividade industrial”, explica.