(12/03/2023) – Batizado de Snapcure e iniciado em agosto de 2022, um projeto do Laboratório de Estruturas Leves do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo está buscando desenvolver materiais, juntamente com um modelo de simulação computacional 3D, para serem aplicados na área de mobilidade.
O objetivo do IPT é atender as demandas dos segmentos automotivo e aeronáutico que investem em veículos de direção horizontal e vertical por materiais mais leves e de fácil produção, que permitam menor consumo de combustível e o aumento da capacidade de carga, além de maior autonomia.
O projeto tem financiamento de R$ 1,9 milhão da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), obtido na linha temática de descoberta inteligente de novos materiais, entre as seis opções oferecidas pela financiadora em edital.
“Tecnicamente falando, o nosso objetivo é caracterizar uma matéria-prima, chamada pré-impregnado, de matriz epóxi de cura rápida reforçada com fibra de carbono epóxi, para o domínio da tecnologia de produção de compósitos, que possam ser utilizados em peças estruturais e não estruturais”, explica a pesquisadora do IPT Michelle Leali Costa.
Segundo a pesquisadora, o Projeto Snapcure pode ajudar o Brasil a dominar a tecnologia de produção de peças para mobilidade urbana usando matérias-primas leves, sustentáveis e processabilidade rápida.
O projeto está sendo desenvolvido em parceria com a Maxion e com a Embraer. As duas empresas não entraram com recursos, mas somente com cartas de interesse em participar da iniciativa.
Elas irão orientar a equipe do Laboratório de Estruturas Leves do IPT na capacitação da produção de peças com o rigor das exigências do setor aeronáutico, em paralelo a uma transformação de processos lentos em rápidos (alta cadência) do setor automotivo.
A Maxion também irá auxiliar a equipe técnica do IPT no desenvolvimento dos modelos de simulação computacionais, a fim de permitir o aprimoramento e o domínio da tecnologia da produção de peças em compósitos de cura rápida aplicadas à mobilidade 3D.
Participa também do projeto a Solvay, que irá fornecer a matéria-prima para a produção dos compósitos necessários às pesquisas.