São Paulo, 19 de setembro de 2024

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04/03/2023

Iedi divulga estudo sobre o relançamento industrial no Brasil

(26/02/2023) – A edição 1.177 da Carta Iedi – publicação na qual o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) discute aspectos da industrialização brasileira – abriu para um público maior o estudo “A retomada do debate sobre política industrial”, de 2021, desenvolvido pelos professores Antônio Carlos Diegues, José Roselino, Marcos Ferreira e Renato Garcia, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e da Universidade de Campinas  (Unicamp).

No estudo, os autores propõem um verdadeiro guia para políticas de desenvolvimento industrial, tomando como ponto de partida as características atuais do setor, assim como o conhecimento acumulado pelas experiências internacionais bem sucedidas. Mas sem resvalar em pretensões desmesuradas.

O trabalho evita, ainda, o antigo recorte das políticas industriais horizontais e verticais, empregando a ideia mais contemporânea de “políticas industriais pervasivas”, que combinam ações horizontais e programas verticais, e as chamadas “políticas direcionadas”, adaptadas de maneira a serem capazes de se adequar às heterogeneidades do tecido produtivo nacional.

Tais políticas contribuiriam, de acordo com os pesquisadores, para a construção de novos consensos quanto aos objetivos e os desenhos de uma estratégia industrial contemporânea para o Brasil, e também para a criação de uma coalização de forças políticas que oferecesse suporte a esta estratégia, não sem ajustes e adaptações, por um período suficientemente longo para que as ações surtissem efeito.

Na visão dos autores, tal consenso deveria se dar em torno da necessidade de se fomentar a produtividade e a competitividade da indústria brasileira, notadamente por meio do imperativo da inovação, mas de forma responsável do ponto de vista socioambiental.

Os autores propõem ainda a adoção de uma série de critérios para distintos tipos de políticas, de modo a evitar a seleção arbitrária de setores ou mesmo de atividades em uma eventual nova estratégia industrial. Ou seja, segundo o estudo, a nova política industrial não pode correr riscos de captura por setores ou empresas específicas, o que com o tempo a levaria à ineficiência.

Mais informações em https://www.iedi.org.br/cartas/carta_iedi_n_1177.html

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