(12/02/2023) – Iniciativa conjunta das empresas suecas SSAB, LKAB e Vattenfall, o Projeto Hybrit – ou, Hydrogen Breakthrough Ironmaking Technology – começa a mostrar as vantagens da produção de ferro e aço com o uso do hidrogênio.
Testes desenvolvidos pelas três companhias comprovam que a redução direta do minério de ferro utilizando hidrogênio oferece um produto de qualidade superior e mais fácil de manusear, transportar e armazenar.
Além disso, o ferro esponjoso obtido demonstrou ser altamente metalizado e possuir propriedades mecânicas e de envelhecimento superiores aos do ferro reduzido com gases redutores de base fóssil, como o gás natural.
O processo da Hybrit também praticamente elimina as emissões de CO2 na fase de redução, abrindo amplas possibilidades para a indústria siderúrgica lidar com os desafios da descarbonização do setor.
O método tem se mostrado eficiente especialmente para descarbonizar a extração de ferro do minério, uma fase crítica em termos ambientais.
“Estamos muito satisfeitos e orgulhosos com a consistência dos bons resultados e entusiasmados com as oportunidades que isso pode oferecer para a transição verde da siderurgia”, disse Martin Pei, CTO da SSAB e membro do conselho da Hybrit. “Conseguimos, enfim, tornar o caminho baseado em hidrogênio para descarbonizar a siderurgia mais acessível e eficiente, o que pode ajudar em muito a mitigar as mudanças climáticas”.
De acordo com Pei, o Projeto Hybrit tem como objetivo estratégico desenvolver a produção de ferro e aço à base de hidrogênio em uma cadeia de valor livre de fósseis desde a mina até o produto de aço acabado.
O grande passo do projeto aconteceu em junho de 2021, quando foi produzido o primeiro ferro esponjoso reduzido diretamente com hidrogênio na planta piloto construída na região de Lulea, com o apoio da Agência Sueca de Energia. Em agosto do mesmo ano, a SSAB apresentaria a primeira chapa de aço livre de combustíveis fósseis.
Esta etapa de pesquisas culminará na produção industrial do aço à base de hidrogênio, primeiramente com a instalação de uma unidade de demonstração na cidade de Gällivare, na área sueca da Lapônia, em 2026.