(05/02/2023) – A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias Alemãs (BDI, na sigla em alemão) e a Comissão de Negócios Alemães da América Latina (LADW, na sigla em alemão) se reuniram com uma comitiva de empresários e integrantes dos respectivos governos, na última segunda-feira, 30, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Os representantes do setor industrial assinaram e entregaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ao chanceler alemão Olaf Scholz, uma declaração conjunta com ações prioritárias para fortalecer os laços comerciais e políticos entre as economias.
O documento destaca cinco ações estratégicas, como a conclusão do acordo entre União Europeia e Mercosul, iniciado em 2019 e considerado fundamental para aprofundar a relação econômica; a modernização do plano de ação da parceria econômica entre Alemanha e Brasil, que está em vigor desde 2008 e precisa ser atualizado e ampliado; o lançamento das negociações para celebrar um novo e moderno acordo bilateral para evitar a dupla tributação (ADT) entre os países.
Também em destaque, está o apoio à continuidade do processo de entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); e a promoção de iniciativas de digitalização e Indústria 4.0, com temas como tecnologia 5G, segurança cibernética e transição energética.
“A Alemanha é um parceiro econômico estratégico para o Brasil”, afirmou o presidente da CNI, Robson de Andrade. “É importante que setor privado e governo dos dois países trabalhem lado a lado para debater formas de fortalecer e revitalizar a parceria, para promover o crescimento de comércio, os investimentos e a cooperação tecnológica”.
O presidente da CNI enfatizou a importância do acordo entre Mercosul e União Europeia. Segundo ele, o contexto atual reforça ainda mais a necessidade de concluir formalmente o Acordo Mercosul-UE.
A Alemanha é o quarto principal parceiro comercial brasileiro, e o Brasil, o principal parceiro alemão na América do Sul. Em 2022, o comércio bilateral de bens entre os países atingiu US$ 19,1 bilhões – o melhor resultado desde 2014 – e em 2021 o comércio bilateral em serviços totalizou US$ 1,78 bilhão.
