(29/01/2023) – Várias vezes adiado, o projeto do Trem Intercidades – que vai ligar a capital paulista a algumas cidades do interior do estado – tem novas datas para sair do papel. O secretário de Parcerias em Investimentos do governo de São Paulo, Rafael Benini, anunciou que o edital do Trem Intercidades São Paulo-Campinas – o chamado TIC Norte – deve ser publicado até o próximo dia 31 de março.
De acordo com o titular da nova pasta criada pelo governador Tarcísio de Freitas, também deverão ser contratados estudos para outros trens regionais, entre São Paulo e São José dos Campos, Sorocaba e Santos.
A concessão do Trem Intercidades Norte englobará mais dois serviços, além deste: o Trem Intermetropolitano – entre Francisco Morato, na região norte da Grande São Paulo, e Campinas – e a Linha 7-Rubi, que hoje liga a Estação Brás, no centro da Capital, à cidade de Jundiaí.
A previsão é de que o Trem Intermetropolitano e o Trem Intercidades comecem a funcionar dentro de 4 e 7 anos, respectivamente.
O projeto do Trem Intercidades terá um investimento de cerca de R$ 10 bilhões e deve ter o leilão realizado no segundo semestre, segundo o secretário, que está buscando parceiros privados com potencial de interesse na concessão.
Benini também revelou que poderão ser incluídos no pacote estudos para os possíveis leilões das linhas 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, o que, na prática, significaria o fim operacional da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) após as concessões.
Outra via que poderá ser incluída entre os projetos analisados é a futura Linha 14-Ônix, na Grande São Paulo, entre Santo André, no ABC, e Guarulhos.
De acordo com Benini, o atual governo está “fazendo os últimos ajustes, vendo a disponibilidade orçamentária”, para que o pacote seja encaminhado.
O projeto do Trem Intercidades – a joia da coroa deste projeto de expansão ferroviária urbana – teve finalmente dois pontos cruciais vencidos, a renovação das concessões de carga para as operadoras Rumo (Jundiaí-Campinas) e MRS (Jundiaí-Santos). Mas há outros aspectos jurídicos e operacionais que precisam ser alinhavados com elas.
Algumas vias que farão parte das obras de segregação, por exemplo, estão nas mãos dessas concessionárias de cargas, que ainda precisam ter definido o seu papel nessa parte do projeto.
