(27/11/2022) – De acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) – Resultados Setoriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os 29 setores da indústria analisados registraram uma queda de confiança forte e disseminada na passagem de outubro para novembro, e presente em todas as regiões brasileiras.
Foram entrevistadas 2.132 empresas, sendo 846 de pequeno porte, 772 de médio porte e 514 de grande porte, entre 1º e 10 de novembro. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário, abaixo de 50 indicam desconfiança.
O ICEI foi menor em todos os portes de indústria. O maior recuo foi registrado nas empresas de médio porte, cujo ICEI caiu 10 pontos. Nas pequenas e grandes empresas, as quedas foram de 7,4 pontos e 7,7 pontos, respectivamente. Apesar das quedas, os índices de todos os portes permanecem acima dos 50 pontos.
O setor Produtos de Madeira foi o que apresentou o maior recuo. O indicador caiu 14,1 pontos entre outubro e novembro, quando passou de 59,1 para 45 pontos. A queda reflete não só a avaliação negativa do momento atual, mas indica também expectativas negativas para os próximos seis meses.
Máquinas e Equipamentos – O estratégico setor de Máquinas e Equipamentos também cruzou para baixo a linha divisória de 50 pontos de outubro para novembro, perdendo 8 pontos – passou de 57,8 pontos para 49,8. Em novembro de 2021, o índice ficou em 56,8.
Outros setores que atravessaram para a parte de baixo da linha são Couro e Móveis, que perderam 12,7 pontos cada um; Celulose, Papel e Produtos de Papel viram o índice cair 11,6 pontos; Produtos de Material Plástico registraram queda de 11 pontos; Produtos de borracha, queda de 7,4 pontos.
De qualquer forma, mesmo com a queda no ICEI, há 21 setores que manifestaram maior confiança de outubro para novembro. Os mais confiantes são Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos com 57,8 pontos, Bebidas, com 55,4 pontos, Químicos, com 55 pontos e Obras de Infraestrutura, com 54,5 pontos.
A confiança do setor industrial recuou em todas as regiões do Brasil, principalmente na Região Sul (9,9 pontos), Sudeste (8,7) e Centro-Oeste (7,8). Mas só na Região Sul, o ICEI ficou abaixo da linha de corte, com 49 pontos.
