(07/09/2008) – Os fabricantes/distribuidores de ferramentas de corte para usinagem vêm adotando novos modelos de fornecimento. Um deles, que tem crescido de importância no mercado brasileiro – principalmente no segmento de autopeças – é o chamado “custo por peça”.
Como o próprio nome diz, nesse modelo o fornecedor garante ao cliente que em um determinado processo o custo por peça produzida será sempre o mesmo. Ou seja, deixa-se de cobrar por pastilha ou ferramenta fornecida. Se o acertado foi R$ 10 pela usinagem de uma peça, o valor a ser cobrado num determinado período será de R$ 10 multiplicado pelo número de peças produzidas.
É um compromisso assumido com o cliente, que exige envolvimento com o processo do cliente, presença constante, comunicação ágil, boa logística, pois qualquer falha, quebras ou falta de material pode significar prejuízo.
E é nesse modelo de fornecimento que a Walter do Brasil tem investido. “Temos adotado esse modelo há cerca de dois anos, mas só no início de 2008 – concluída a fusão com a Titex e a Prototyp – que resolvemos atacar mais fortemente o mercado nesse sentido”, explica Carlos Eduardo Baptista, diretor-presidente da Walter América do Sul.
“Não oferecemos esse modelo para todo o mercado, até porque é uma questão de necessidade do cliente, muitas vezes envolvendo uma mudança de cultura da empresa contratante”, observa. No entanto, dependendo do porte do cliente e da área de atuação – se o cliente for da área automotiva ou de geração de energia, por exemplo – “fazemos questão de mostrar as vantagens do modelo custo por peça”, frisa Baptista.
“É um modelo vantajoso para as duas partes. Para o cliente é fundamental contar com a nossa garantia de que vai chegar ao final do processo dele com aquele determinado custo, ou seja, não vai ter surpresas na hora de vender o produto dele”, explica, lembrando que boa parte dos clientes do segmento automotivo já adotaram o custo por peça. Por outro lado, para a Walter, o modelo tem sido importante “na medida em que tem nos permitido mostrar ao mercado nossa expertise em usinagem, nossa tecnologia e o conhecimento técnico de nossos funcionários”.
Baptista faz questão de frisar que o modelo não é exclusivo para clientes de grande porte. “Pelo contrário, temos todo o interesse de trabalhar nesse modelo também com empresas de um perfil médio”, afirma. “Nós nos adaptamos sempre à necessidade do cliente”.