(13/11/2022) – Está em fase final de testes, com previsão de verificação prática de uso até o final deste ano, o primeiro buggy elétrico do país, o “Selvagem Elétrico”, uma opção ecológica e sustentável para o ascendente mercado turístico representado pelas dunas e praias do Nordeste brasileiro.
O projeto é fruto de uma parceria entre a Carros Selvagens – uma das maiores fabricantes de buggies do Brasil e a primeira indústria automotiva nascida no Nordeste, ainda na década de 1970 – o Senai, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e conta ainda com a participação de pesquisadores da Alemanha.
Neste momento, o Departamento de Engenharia Elétrica da UFRN está fazendo ajustes de controle e locomoção do carro, que se destaca pelo ótimo desempenho: nos testes laboratoriais, os resultados alcançados mostraram que o Selvagem Elétrico tem uma velocidade máxima estimada em 120 Km/h.
A autonomia – distância percorrida pelo veículo com as baterias cheias, antes de precisar de recarga – é estimada em 100 km, basicamente a distância entre a cidade de Natal (RN) até João Pessoa, capital da Paraíba. Novos testes e aprimoramentos podem aumentar essa independência.
O carregamento do buggy, por meio de tomadas domésticas, é o mais acessível e simples possível. Os testes apontam a necessidade de 3 a 4 horas para uma recarga completa.
O veículo apresenta ainda um sistema de regeneração de energia provinda da força dos ventos e da luz solar. À medida que o carro gasta energia, bobinas inseridas na parte do freio podem recuperá-la e enviá-la para a bateria, prologando o tempo de uso.
A estimativa é de que o buggy entre em circulação no mercado a partir de março de 2023. Não será um carro muito barato. O preço da bateria de fosfato de lítio, que não é produzida no Brasil, fica em torno de R$ 49 mil, e, por isso, a previsão é de que o Selvagem Elétrico seja ofertado na faixa dos R$150 mil.
No entanto, em longo prazo, o gasto com combustível será menor, devido ao carro ser movido à eletricidade, e a manutenção, consumo de peças – freio, pneus – acabam tendo um custo menor, já que o automóvel é mais eficiente.
