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São Paulo, 17 de junho de 2025

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27/09/2022

Iveco inicia a produção de caminhões a gás no Brasil

(28/09/2022) – A Iveco anunciou o início de produção de caminhões pesados a gás na fábrica em Sete Lagoas (MG). A empresa informou ter investido cerca de R$ 60 milhões no projeto de nacionalização do projeto – já fabricado na Europa. Os recursos que fazem parte do novo ciclo de investimentos (2022 – 2025), anunciado no início deste ano e que envolve também o desenvolvimento dos novos caminhões com motorização Euro 6 Proconve 8.

A princípio, será produzido um pequeno número de veículos que passarão por uma fase de testes em uma transportadora parceira da montadora. Já a partir de 2023, a produção deve ganhar escala maior. A Iveco também está trabalhador para desenvolver fornecedores locais de alguns itens de grande porte e maior custo, hoje importados.

Além do gás natural, os novos caminhões funcionam com o gás biometano, produzido a partir de resíduos da agricultura e lixo. A Iveco tem parcerias com centros de pesquisa de universidades de Minas Gerais e de São Paulo, além de startups, para aprimorar o uso do biometano em veículos de carga.

Marcio Querichelli, presidente da Iveco na América do Sul, cita o caso das usinas de açúcar, que poderiam abastecer sua frota com o biometano produzido a partir do bagaço da cana. Além de facilitar a utilização desse tipo de veículo, o custo de abastecimento cai consideravelmente. Mas o desafio é ter, no Brasil, uma boa rede de abastecimento de gás nas estradas espalhadas pelo país.

Para tanto, executivos da empresa se reuniram recentemente o embaixador da Argentina (onde a montadora também conta com uma fábrica e na qual já produz caminhões a gás). Os governos do Brasil e da Argentina negociam acordo para um projeto que prevê a construção de uma rede de gasodutos que ligaria a Patagônia argentina, onde fica a segunda maior reserva de gás de xisto do mundo, ao Rio Grande do Sul. O avanço desse plano acabaria com as preocupações dos fabricantes de caminhões para incrementar, no Brasil, a oferta de veículos movidos a gás.

No Brasil, um dos desafios da indústria, no entanto, é elevar o nível de nacionalização. Itens de grande porte e caros, como os tanques, ainda dependem de importação. Estamos trabalhando em projetos de desenvolvimento de fornecimento local porque isso também nos ajuda a ficar menos expostos à volatilidade do câmbio, destaca Querichelli. Segundo ele, a ideia é também exportar parte dos veículos que serão produzidos em Sete Lagoas.

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