(20/03/2022) – Durante o Fórum Nacional de Integração Universidade-Empresa, foi lançada a Plataforma MEIHub ICT-Empresa, que tem o objetivo de integrar empresas e instituições de ensino superior na área de engenharia. A ferramenta foi desenvolvida pelo Grupo de Trabalho de Engenharia-STEAM da MEI (Mobilização Empresarial pela Inovação), movimento de lideranças empresariais coordenado pela CNI.
A plataforma também abre espaço para que as empresas apresentem desafios de engenharia para alunos de graduação. De acordo com Gianna Sagazio, diretora de Inovação da CNI, entre outros propósitos, a plataforma busca modernizar o ensino de engenharia, reter estudantes nos cursos e carreiras de engenharias e possibilitar que empresas identifiquem talentos nos cursos de graduação da área.
“Com essa plataforma, a MEI está buscando dar uma contribuição concreta para a promoção dessa integração. É um projeto piloto, mas temos a expectativa de que seja muito bem-sucedido, pois foi desenhado e estruturado junto com os atores que farão parte da iniciativa nesse primeiro momento: universidades do GT e empresas da MEI”, diz Gianna Sagazio.
No total, sete empresas já estão cadastradas na plataforma: Akaer, Embraer, Concremat, ArcelorMittal, Festo, Siemens Energy, Ultrapar e Weg. Ao todo, por enquanto são 12 universidades: FEI, Poli-UFRJ, Unicamp, Fatec-São José dos Campos, Inatel, Insper, Mauá, PUC-PR, UFSC, UFSCar, Universidade Positivo e Mackenzie.
A MEIHub ICT-Empresa também já tem 25 desafios cadastrados. Neste primeiro momento, somente empresas que fazem parte da MEI e universidades que integram o GT de Engenharia/STEAM da MEI poderão se cadastrar na plataforma.
A MEIHub ICT-Empresa sugere algumas recomendações para empresas e instituições de ensino: Adequar o grau de complexidade do desafio ao nível da graduação. Priorizar não apenas questões técnicas pontuais, mas também temas contemporâneos que impactam a atividade das empresas, como problemas relacionados à sustentabilidade, transformação digital, entre outros:
- Apresentar o problema de forma clara e objetiva;
- Propor problemas que possam ser trabalhados durante o calendário acadêmico, em diferentes prazos (dois, três, seis meses, por exemplo) e por equipes em diferentes períodos da graduação (do 1º ao 5º ano);
- Priorizar assuntos que não envolvam sigilo ou questões sensíveis, a fim de facilitar a adequação das exigências jurídicas;
- Oferecer mentorias e visitas à organização para as equipes envolvidas nos projetos;
- Cobrir os custos com o desenvolvimento dos projetos, definido limite para as despesas;
- Considerar a possibilidade de oferta de bolsas durante o desenvolvimento dos projetos ou de estágio após o encerramento das atividades.
Para as instituições de ensino: Incentivar professores e alunos a trabalharem nos temas propostos pelas empresas; Organizar equipes multidisciplinares e com diversidade; Realizar curadoria das propostas de soluções que serão submetidas à seleção das empresas; Indicar pelo menos um(a) profissional para interagir com a empresa em questões relacionadas à gestão e execução do projeto (ponto de contato na Plataforma); Alocar pelo menos um(a) professor(a) para apoiar os alunos no desenvolvimento das soluções; Ser flexível em negociações, em especial, sobre propriedade intelectual.