São Paulo, 28 de março de 2024

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05/03/2022

Qual o impacto da guerra na indústria de máquinas do Brasil?

(06/03/2022) – A guerra na Ucrânia pode interromper o processo de inserção de máquinas e equipamentos fabricados no Brasil nos mercados russo e ucraniano. Historicamente estes dois mercados tinham pouca participação nas exportações do setor industrial brasileiro, porém este quadro vinha mudando, como provam os números de janeiro de 2022.

Em janeiro, as vendas para a Rússia representaram 4,9% do total das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos. “Tanto Rússia, quanto Ucrânia – assim como toda a região da Eurásia – são mercados que estavam sendo abertos pelo setor nos últimos anos, em especial pelos fabricantes de máquinas agrícolas e máquinas rodoviárias”, informa Patrícia Gomes, diretora executiva de Mercado Externo da Abimaq.

De acordo com Patrícia, ainda não é possível saber o impacto que o conflito causará ao trabalho que estava sendo construído, inclusive com a participação de indústrias brasileiras em eventos virtuais voltados a esses mercados. “Existe o receio de que venha a paralisar uma atividade que estava sendo iniciada”, comentou.

Segundo dados da Abimaq, em 1997 – quando se iniciaram os levantamentos da entidade sobre exportações do setor – as vendas para a Rússia representaram apenas cerca de US$ 700 mil. Já no ano passado as vendas para o mercado russo totalizaram US$ 152 milhões, ou 1,5% do total das exportações de máquinas e equipamentos – máquinas agrícolas responderam 37%.

Sinal de que os negócios vinham crescendo em importância, em janeiro de 2022 as vendas para a Rússia somaram US$ 35 milhões (4,9% do total), com as máquinas agrícolas respondendo por 52% do total. Em 2021, os negócios com a Ucrânia representaram menos de 0,5% do total das exportações de máquinas e equipamentos.

MAIOR EXPOSIÇÃO – Segundo notícia publicada pelo UOL, a partir de levantamentos realizados por bancos de investimentos, “bens de capital é setor com maior exposição direta à Rússia na Bolsa”. Segundo analistas do BTG Pactual: “Lembramos que os impactos diretos [para o mercado brasileiro] são pequenos, pois apenas as empresas de bens de capital têm exposição de vendas para a região hoje”.

Os levantamentos citam três empresas em particular: WEG, Randon e Iochpe-Maxion. No caso da WEG, os analistas da XP assinalaram que, apesar da exposição, o impacto tende a ser limitado. A empresa mantém escritório comercial na Rússia, mas os negócios na região representaram apenas 0,3% do lucro líquido de R$ 3,6 bilhões registrado em 2021.

De acordo com analistas do BTG Pactual, a Randon também vende produtos para a região do Leste Europeu, mas em uma proporção que representa igualmente 0,3% das vendas da empresa, que reportou receitas de R$ 9 bilhões no ano passado.

No caso da Iochpe-Maxion, que comercializa rodas de veículos no Leste Europeu, os mesmos analistas enxergam maior exposição, pois a empresa conta com uma fábrica na Turquia, que tem importante papel no fornecimento de seus produtos para a Europa Ocidental e Oriental.

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