(06/02/2022) – Os emplacamentos de veículos apresentaram retração de 31,6% em janeiro, na comparação com dezembro de 2021, de acordo com levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Já em relação a janeiro de 2021, a baixa foi de 15,79%.
A queda em janeiro deste ano, no entanto, segundo a entidade, deveu-se principalmente a fatores conjunturais, como os baixos estoques das concessionárias no mês de dezembro e a persistente escassez de insumos e componentes. Mas a sazonalidade do período cumpriu igualmente o seu papel.
“Normalmente, em janeiro, a renda familiar fica mais comprometida, em função dos impostos e gastos com matrículas e materiais escolares, por exemplo”, explica José Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave. “Além disso, a alta nas taxas de juros também restringiu a aprovação de crédito para financiamentos”.
Andreta Jr. aponta ainda a ocorrência das fortes chuvas em várias localidades do país e o recrudescimento da covid-19 como fatores adicionais para esta queda, já que ambas limitaram a quantidade de visitas às lojas.
A redução no volume de emplacamentos de automóveis e comerciais leves foi de 39,75% na comparação entre janeiro e dezembro. Diante de janeiro de 2021, a retração foi de 28,26%.
Já o segmento de caminhões, mesmo com retração de quase 29% diante de dezembro, continuou aquecido, com a programação de entrega seguindo o ritmo de produção da indústria.
A explicação está no grande volume de emplacamentos realizados em dezembro do ano passado. Tanto que o resultado deste primeiro mês de 2022 foi o melhor para os meses de janeiro desde 2014.
Os emplacamentos de ônibus – o setor mais afetado pela pandemia – caíram 10,94% entre janeiro e dezembro, enquanto o de motocicletas, 20,21%. No segmento de implementos rodoviários, a queda foi de 17,54%.