(30/01/2022) – A Great Wall Motors (GWM), fabricante de veículos da China que adquiriu a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP), anunciou, na última quinta-feira (27), que investirá mais de R$ 10 bilhões na operação brasileira nos próximos 10 anos. Até 2025, a montadora pretende lançar 10 modelos, quatro deles movidos à bateria e 6 híbridos elétricos.
Os recursos serão aplicados em duas fases. Na primeira, até 2025, serão R$ 4 bilhões serão destinados à preparação da fábrica e o aumento da capacidade para 100 mil veículos/ano, além do desenvolvimento de fornecedores locais para que os carros fabricados no Brasil tenham 60% de peças locais.
Na segunda fase, de 2026 a 2032, serão R$ 6 bilhões, que poderá incluir a instalação de uma fábrica de baterias. “A depender das condições de mercado, poderemos ter produção de baterias no Brasil, que conta com minerais estratégicos que compõem a bateria”, disse Pedro Bentancourt, diretor de relações governamentais da Great Wall.
Elétricos e Híbridos – A montadora informou que trará duas marcas ao Brasil, a GWM, com os modelos Haval (SUVs urbanos), Tank (SUVs off-road de luxo) e Poer (picapes), e a ORA, posicionada como marca premium de veículos elétricos a bateria (BEV). Segundo a empresa, todos os produtos serão com sistemas inteligentes de assistência ao motorista IoV e L2, incluindo um modelo que deve ser o primeiro automóvel a empregar a tecnologia 5G no mercado brasileiro.
Entre os objetivos da GWM, está o de transformar a unidade brasileira em uma base de exportação para a América Latina. Segundo a empresa, o mercado automobilístico brasileiro é um dos dez maiores mercados do mundo, com potencial de crescimento enorme. Como mercado líder na América Latina, o Brasil tem uma sólida base na indústria automobilística, que é o suporte estratégico para o desenvolvimento global da GWM.
A GWM comercializou 1,28 milhão de automóveis no mundo no ano passado. Os planos da empresa, já incluindo o Brasil, é o de alcançar a venda global de 4 milhões de veículos até 2025.
