(13/02/2011) – Em 2012, a Hurth Infer completa 40 anos de atividades em Sorocaba. A empresa – fundada em 1963, em São Paulo – foi uma das primeiras indústrias a se interessar pelo programa de industrialização criado pela prefeitura local no início dos anos 1970, que incluíam a criação de um distrito industrial e incentivos municipais. A construção da fábrica teve início em 1972.
Mas o pioneirismo da Hurth Infer não parou por aí. Pasquale Milone, fundador da empresa, se diz orgulhoso de ter tido participação ativa no processo de industrialização da cidade, sendo um dos responsáveis pela transferência de outras empresas para o município, entre elas a Zobor, Arthur Klink e Moto Peças. Assim, contribuiu também para a formação do pólo de ferramentas de Sorocaba.
O principal motivo da transferência foi a necessidade de expansão da fábrica, então situada num bairro residencial da capital paulista, a Pompéia. A mudança para um terreno de 60 mil m² permitiu à empresa crescer – saltou de cerca de 40 funcionários para os atuais 280 – e diversificar a produção. Se a princípio produzia apenas ferramentas rotativas, incorporou novos produtos, como brochas planas e cilíndricas, cortadores shaving, shapers, fellows,alargadores, além de máquinas como brochadeiras especiais, chanfradoras e rebarbadoras.
Outro ponto forte da empresa são os serviços de recondicionamento e reafiação de ferramentas, tratamento térmico e usinagem, concentrados na Divisão HI Services. Esta divisão inclusive acaba de montar filial para atender a clientela do Sul do País, em Cachoeirinha (RS).
Aniello Milone Neto, diretor Administrativo da HI – como a Hurth Infer passou a se denominar recentemente – aponta várias vantagens por estar instalado em Sorocaba. Entre elas, a proximidade com a Capital, o excelente acesso viário às demais regiões do Estado (onde se concentra boa parte dos clientes da HI), e aos Estados vizinhos, além da proximidade com o aeroporto de Viracopos. Outro vantagem importante é a existência de mão-de-obra especializada. “Praticamente não temos dificuldades para encontrar funcionários”, informa.
Após concluir em 2010 plano de investimentos de R$ 6 milhões em máquinas e equipamentos, a HI está investindo na modernização de seus processos produtivos, incluindo a implantação de programa de Lean Manufacturing. Segundo Aniello, a otimização dos espaços no chão-de-fábrica permitirão, no futuro, novas expansões, sem a necessidade de ampliar a área fabril.
CRESCIMENTO – Na avaliação do diretor, o mercado está mais aquecido neste início de ano do que era possível prever a partir do levantamento realizado junto aos clientes no final do ano passado. “Os clientes não se mostraram tão otimistas quanto à demanda quanto estamos sentindo nesse início de ano”, diz o diretor. “Em 2010, registramos crescimento de 15%. Para 2011, estamos prever crescer outros 15%”.
Quanto às exportações, as perspectivas são menos otimistas. As vendas ao exterior que já representaram 5% do faturamento devem se manter na faixa de 1%, devido ao câmbio desfavorável. “Temos feito um esforço para manter os clientes no Exterior, mas o real valorizado prejudica nossas exportações diretas e indiretas”, frisa. No mercado externo, a HI mantém clientes basicamente na América Latina, com destaque para Argentina, Chile, México e Venezuela.
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