São Paulo, 18 de maio de 2024

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20/06/2010

Finame para máquinas reduz procura por retrofitting

(20/06/2010) – O setor de retrofitting vive momento delicado. O volume de negócios sofreu queda expressiva, particularmente no caso de máquinas de pequeno porte. Um dos motivos dessa redução são as facilidades criadas pelo programa Finame PSI para a compra de máquinas novas, que tornaram menos interessante reformar ou retrofitar máquinas de menor custo. Outro é o aumento da importação de máquinas de baixo custo.

Os empresários do setor não são contra as medidas do governo, que consideram positivas para o setor de máquinas. Porém, julgam que deveriam se beneficiar de medidas semelhantes. Sem contar com uma entidade que os represente, não têm sequer como encaminhar reivindicações ao governo. Vale lembrar que o setor é formado em sua absoluta maioria por micro e pequenas empresas – em grande parte formada por ex-funcionários de fabricantes de máquinas.

José Carlos Poloni, sócio da Sypo, de Americana (SP), diz que máquinas de pequeno porte respondiam por 80% do volume de negócios da empresa. “Com as facilidades de financiamento – 2 anos de carência e 10 anos para pagar – os potenciais clientes acabam optando por comprar uma nova”. Há 18 anos nesse mercado, Poloni observa que se trata de uma situação nova, que surpreendeu as empresas do setor.

O retrofitting de máquinas de grande porte continua aquecido. Embora de menor volume, esse segmento é o de maior faturamento. “O ano começou bem, mas já sentimos certa desaceleração”, conta, frisando que a redução no volume de negócios provocou forte aumento da concorrência no segmento de grande porte.

Diante desse quadro, cresce a participação no faturamento da Sypo de uma variante do retrofitting. A empresa adquire máquinas em leilões, reforma e, posteriormente, encontra um comprador. “Muitas vezes recebemos parte do negócio em máquinas usadas que, por sua vez, necessitam de retrofitting”, informa. “Essa alternativa já representa 60% dos negócios da Sypo”.

Uma das mais antigas empresas do setor, fundada em 1989, a CNC Service, de Santa Bárbara D´Oeste (SP), também registra baixa na procura por retrofitting de máquinas de pequeno porte, ainda que em 2010 já tenha realizado o dobro de serviços do que o total de 2009. Segundo o diretor José Fernando Perez, os reformadores podem se beneficiar apenas do financiamento dos equipamentos utilizados no retrofitting (CNC, motores etc.), que representam apenas 20-30% dos custos. “Nossos clientes precisariam contar com o financiamento para todo o pacote de serviços”.

A queda na demanda por retrofitting levou a empresa a se concentrar em outras áreas de negócios, como a de assistência técnica e serviços de usinagem – especialmente na retífica de peças de grande porte – e na linha de fabricação própria. A CNC Tecnologia, coligada da Service, fabrica máquinas voltadas para o setor didático – míni-torno, míni-fresadora e míni-torno e fresa conjugados – e também para operações de microusinagem e ferramentarias.

Já a HSE, de Americana (SP), vive momento distinto. Ao contrário da maioria das reformadoras, a demanda para a HSE começou a dar sinais de melhora há dois meses. Isso se explica pelo fato de a empresa – no mercado desde 1997 – ter se especializado na reforma de retíficas e de máquinas especiais para a produção de autopeças. “Hoje o mercado está aquecido, mas em 2009 esteve praticamente parado”, informa o gerente Rogério Basso.

A exemplo das demais, a HSE também não concentra todas as suas atividades no setor de retrofitting. A empresa conta com uma divisão de eletrônica, com fabricação própria de encoders e IHMs, presta serviços de atualização eletrônica em máquinas agrícolas, alimentícias, têxteis etc. e ainda atua na distribuição de servomotores, fabricados pela taiwanesa Delta.

Encontro de Retrofitting – As dificuldades do setor foram um dos principais temas abordados no 2º Encontro de Retrofitting, promovido pela MCS em Americana, na semana passada, que contou com a participação de representantes de 30 empresas do setor. A MCS, que tem no retrofitting um dos principais segmentos consumidores de seus CNCs, quer contribuir no encontro de soluções que equacionem os problemas do setor.

A MCS – que tem seus produtos enquadrados em nove linhas do Finame – também passou a oferecer financiamento com recursos próprios. Na avaliação da empresa, é possível que, com a criação de uma rede de aplicadores autorizados, seja possível reivindicar a extensão da linha Finame para os serviços de retrofitting.

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