São Paulo, 18 de maio de 2024

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25/10/2009

Como foi realizada a usinagem do troféu do GP Brasil de F1

(25/10/2009) – Em geral, o prazo é uma das principais dificuldades a ser enfrentadas no atendimento de pedidos. Nesse sentido, para atender a solicitação de produzir o troféu do GP Brasil de Fórmula 1, a convite da Braskem, a Romi teve que se adaptar à velocidade dos carros que iriam disputar a prova na pista de Interlagos. “O problema sempre é tempo”, observa Mário Hiroshi Assada, gerente de Engenharia de Vendas – Máquinas-Ferramentas da Indústrias Romi.

O gerente conta que até poucos dias do evento ainda não contava com a matéria-prima definitiva da peça a ser usinada, assim como não contava com o sólido da peça a ser produzida. Os testes de programa – desenvolvido em parceria com a SKA, no EdgeCAM – foram realizados com uma resina epóxi, sem preocupação com os parâmetros de corte.

A dificuldade maior foi desenvolver o sistema de fixação para a peça – a resina plástica resultante do processo de reciclagem não oferecia resistência mecânica. Era preciso, ainda, usinar um lado e virar a peça. A solução foi criar um “berço” de alumínio para fixar a peça, evitando sua movimentação durante a usinagem.

Além disso, em meio aos primeiros testes, foi solicitado à Romi que montasse o maquinário no autódromo, porque a TV Globo iria fazer uma reportagem. Assada conta que a Romi levou uma única máquina a Interlagos, o centro de usinagem vertical D 800, recém-lançado, equipado com CNC Siemens. “Consideramos que era a máquina mais adequada, que reunia as características de velocidade e avanço para realizar a produção da peça com usinagem precisa e bom acabamento”, informa.

A usinagem foi feita com fresas de metal duro inteiriço com corte positivo, fornecidas pela Sandvik Coromant, com os respectivos cones de fixação. Ronaldo Ferreira, coordenador da Divisão OTS da Sandvik, conta que devido a confidencialidade do projeto, a empresa apenas atendeu a solicitação da Romi, sem conhecer detalhes da operação e, assim, sem poder contribuir diretamente no desenvolvimento do processo.

Segundo Assada, o plástico reciclado não é um material de difícil usinagem. Porém, devido a baixa resistência mecânica, exige cuidados, pois existe a possibilidade de o material ceder. Assada considera que o trabalho realizado foi artesanal. “Isto porque se trata de uma peça artística, não de uma peça industrial – daí o mais indicado seria o processo de injeção. Além do que não tinha requisitos dimensionais rígidos, apenas de acabamento visual e repetibilidade”.

Para a Romi, o projeto foi um sucesso. Tanto pelo resultado do trabalho, quanto pela visibilidade proporcionada por um evento internacional. Além do que o local de produção era aberto à visitação, o que pode gerar inclusive novas oportunidades. Bernie Ecclestone, principal dirigente da FIA – Federação Internacional de Automobilismo, visitou o local. “Ele gostou da idéia da reciclagem e da usinagem e mostrou interesse de levá-la para outros grandes prêmios”, conta Eduardo de Campos, chefe de Engenharia de Aplicação da Romi.

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