(09/12/2007) – (continuação) André Vieira, gerente Nacional de Vendas da Walter do Brasil, trabalhou na filial da Gremafer em Minas Gerais de 1991 a 1998. Para ele, um dos motivos que poderiam explicar o sucesso profissional de alguns ex-funcionários está no fato de terem tido contato com tecnologias de ponta. “Além disso, a Gremafer contratava (ou preparava) profissionais com competência técnica para vender ferramentas, o que não era comum na época”, diz. Outro dado, segundo Vieira, é que criou-se na empresa a figura dos gerentes de linhas, um para cada marca, favorecendo a especialização dos profissionais, que depois levaram essa experiência para o mercado.
Zuza Guimarães, hoje diretor-geral da Kennametal do Brasil, trabalhou cerca de três anos na Gremafer, entre 1992 e 1995. Já contava então com experiência gerencial anterior, na Seco Tools. “Na Gremafer, porém, tive a oportunidade de ser responsável por uma linha como um todo, incluindo gerenciamento de estoque, importação, parte técnica, relacionamento com os vendedores, marketing”, lembra.
Júlio Cezar Iglesias Lima, que acaba de deixar o cargo de gerente Nacional de Vendas da Oerlikon Balzers para ocupar o mesmo cargo na Zobor, também destaca essa característica de formação de profissionais. “Não só porque detinha a representação de linhas de ferramentas de alta qualidade, como também atendia as grandes empresas do mercado nacional. Foi uma grande escola porque tinha uma estrutura forte, bem montada e trabalhava seriamente”, afirma, lembrando que na época não havia nenhuma distribuidora com o mesmo porte da Gremafer.
Em sua opinião, a estrutura, o contato com fabricantes de ferramentas e compradores de grandes empresas, além dos treinamentos internos e externos, foram a base que muitos profissionais herdaram da Gremafer. “Isso colocou algumas pessoas no caminho certo, mas o sucesso profissional dependeu do desenvolvimento pessoal que cada um foi buscar”. (Antonio Borges Netto)
