(22/06/2008) – Recém-inaugurada, a unidade de Powertrain da Honda, em Sumaré (SP), já está com estudos em andamento para sua ampliação. O prédio de 13.500 m² (6.500 m² de área para a usinagem) ganhará outros 3.500 m² e uma segunda linha de máquinas para atender à produção da Honda Argentina, que está sendo instalada em Campana, na província de Buenos Aires, prevista para ser inaugurada em 2009.
Sérgio Kawase, gerente de Produção da Unidade Powertrain, conta que o mercado automobilístico está bastante aquecido. Segundo ele, em 2006, no início dos estudos da unidade de Powertrain de Sumaré, projetava-se uma capacidade produtiva de 400 conjuntos de bloco e cabeçote/dia, para atender à produção de 315 veículos/dia. “Ou seja, teríamos um fôlego de 30%. Mas, durante o detalhamento e aprovação da verba, essa projeção foi aumentada para 420 veículos/dia e os planos foram alterados para uma capacidade de 600 conjuntos/dia”.
Atualmente, porém, já se prevê que o ritmo de produção da fábrica, em novembro – quando o projeto atual seria concluído, com o início da produção dos blocos e cabeçotes para o Honda Fit -, estará em 650 veículos/dia. “Hoje já estáem 560 unidades/dia”, diz Kawase, que informa que já foram feitos upgrades para se chegar a 650 blocos e cabeçotes/dia.
Além disso, em 2009, a segunda linha já deverá estar em operação para atender a fábrica da Argentina que, num primeiro momento, irá produzir 30 mil veículos/ano, saltando em seguida para 50 mil/ano. “Pode-se dizer que esta fábrica já nasceu pequena. Entrou em produção na sua capacidade máxima”, frisa, explicando que a unidade já opera em três turnos, sendo que o terceiro trabalha apenas na produção para testes e homologação dos blocos e cabeçotes do Fit.
Para a nova linha, na qual serão investidos R$ 98 milhões (aí incluídos equipamentos de fundição), Kawase lembra que serão feitos novos levantamentos de fornecedores. Embora se diga satisfeito com os atuais, lembra que a fábrica foi montada num momento completamente diverso do atual, quando o dólar estava a R$ 2,40/2,50 e hoje está na casa de R$ 1,60.
“O processo está em aberto. Não tem nada definido”, observa. “Temos avaliado fornecedores que têm mostrado comprometimento, seriedade, competência dentro dos projetos implantados não só na Honda, mas no mercado de forma geral”.
Outro reflexo do sucesso da implantação do Powertrain em Sumaré é que já se cogita a ampliação da gama de produtos lá fabricados. Hoje as carcaças de transmissão e embreagem, que já são usinadas em Sumaré, são importadas do Japão e está em avaliação a produção local dos fundidos. Existe também a possibilidade de implantação de uma linha de usinagem de ferro fundido, de peças como virabrequim, biela e eixo comando de válvulas. “Mas isso já são especulações, pois dependem de estratégias da Honda mundial”, diz Kawase, acrescentando que hoje o índice de nacionalização em Sumaré está próximo de 80%.