(9/12/2006) – A Sandvik Tooling Supply Brasil inaugurou oficialmente, no dia 8 de dezembro, a ampliação da fábrica de ferramentas que mantém em São Paulo. O projeto – que demandou dois anos para a sua implementação – coloca a planta brasileira como uma das quatro principais do grupo no mundo. “Nos últimos cinco anos dobramos nossa capacidade de produção. Nos próximos cinco anos deveremos dobrá-la novamente”, informa José Fiorezi, diretor de Operações da Sandvik Tooling de São Paulo.
Com a ampliação, a área construída mais que dobrou, saltando de 2.380 m² para 5.400 m². A unidade ganhou vários novos equipamentos, entre eles: duas máquinas para a prensagem de pastilhas totalmente automáticas; novos fornos para cobertura pelo processo MT-CVD; máquinas para jateamento de pastilhas; moderna máquina automática para inspeção de pastilhas (fabricada com tecnologia própria, em Gimo, na Suécia). Na fábrica já estão demarcados os locais que, em breve, receberão novos equipamentos, visando à futura ampliação. “Para o próximo semestre já está prevista a chegada de um novo forno”, conta Fiorezi, que acredita que em 2010 a unidade estará operando com plena capacidade.
“Fazemos parte hoje da estratégia mundial de fornecimento para o grupo”, explica o diretor. A unidade fornece para dois dos três centros de distribuição que o grupo mantém no mundo (Holanda e EUA – o outro fica em Singapura). A gama de produtos fabricados em São Paulo já chega a 1.500 diferentes tipos de insertos. “Atualmente, 70% da produção são exportados”.
Segundo Fiorezi, a fábrica opera com 85-90% da capacidade e o volume, em 2006, crescerá 7% em relação a 2005. Para 2007, o aumento previsto é maior, em torno de 17%. Para o diretor, a planta brasileira se destaca no grupo pela flexibilidade, qualidade e lead time – o índice de rejeição é o segundo melhor de todas as fábricas, abaixo apenas da unidade japonesa. “O diferencial aqui são as pessoas. O nível de escolaridade é bom, cerca de 82% do pessoal têm no mínimo colegial completo”, conta. Pela dificuldade de encontrar no mercado pessoal preparado para trabalhar na produção de pastilhas de metal duro, a Sandvik fez várias contratações em 2004/2005 e os treinou, preparando-se para o aumento da escala de produção.
QUALIDADE – Presente à inauguração, Rune Karlsson, vice-presidente mundial da Sandvik Tooling, confirma que a qualidade é um dos diferenciais da fábrica brasileira. “Além disso, é uma unidade muito importante na medida que é a única fabricante de alguns itens que são fornecidos para todo o mundo”. As três principais fábricas do grupo, em volume, são respectivamente as da Suécia, EUA e Inglaterra. Em seguida estão as do Brasil, Índia e Japão.
Lembrando que a produção mundial da Sandvik Tooling, em volume, cresce em média 6% ao ano, Karlsson informou que a decisão de investir nos vários países onde a empresa têm plantas industriais obedece a um planejamento estratégico. Primeiro, para distribuir a produção por várias plantas, evitando-se riscos de desabastecimento; segundo, para atender países onde os custos alfandegários retiram a competitividade dos produtos da empresa, caso do Brasil e Índia; e, em terceiro lugar, a performance de cada unidade, no que se refere à qualidade, custo da mão-de-obra e lead time.
De acordo com o vice-presidente, no momento, além da planta brasileira, estão sendo feitos grandes investimentos nas unidades da Carolina do Sul, nos EUA, e da Índia, que passará a contar com uma planta de reciclagem e reprocessamento de ferramentas de metal duro.
