(03/11/2007) – Tradicional fabricante de máquinas, há 57 anos no mercado, a Prensa Jundiaí – de Campo Limpo Paulista (SP) – atingiu em setembro as metas estabelecidas para o atual exercício. “Até o final de 2007, esperamos alcançar um crescimento de, no mínimo, 15% sobre 2006”, diz o gerente Comercial Sérgio G. Tavares.
“Só não vamos alcançar um crescimento mais significativo devido às importações da China”, diz, lamentando o fato de que grande parte dos negócios, que poderia representar o necessário impulso para a indústria nacional, estar indo para a China. “Certamente, com esse volume de importação de prensas, estamos contribuindo para o crescimento da China”, ironiza.
Instalada em Campo Limpo Paulista (SP), com 270 funcionários, a Prensa Jundiaí fabrica prensas mecânicas e excêntricas de 15 a 1000 toneladas. Segundo Tavares, o grosso das importações se verifica na linha leve, até 200-300 toneladas.
Na opinião de Tavares, com o atual crescimento da economia nacional – que ele acredita que irá se estender por pelo menos mais dois exercícios – não só a Jundiaí, mas todos os fabricantes de prensas poderiam estar desengavetando projetos de expansão. Mas não é o que está se vendo. Para o gerente, esse volume de importações tem como agravante a indiferença do governo, que não manifesta a menor reação, nem mesmo para aumentar a fiscalização sobre as operações. E é justamente isso que deixa os fabricantes inseguros.
Isso não quer dizer que as empresas não estejam investindo, porém são operações pontuais. A Jundiaí, por exemplo, acaba de adquirir uma mandrilhadora “para desafogar a produção” e ampliar o parque fabril, com a construção de mais um galpão de montagem.
A empresa também investiu no desenvolvimento de uma nova série de prensas, a LMA, do tipo H, lançada em junho. De 400 a 800 t, a série se destaca pelas mesas amplas e aberturas laterais nas mesmas dimensões da mesa. “Esta série está tendo boa aceitação. Já comercializamos oito máquinas”, afirma Tavares, adiantando que outras novidades serão definidas em fevereiro de 2008. |