São Paulo, 19 de maio de 2024

13/12/2008

Como evitar colisões em máquinas CNC – IX

(*) Fernando A. Cassaniga

PERIGO 4 – Substituição de Ferramenta no Processo

Durante uma produção em ciclo automático normalmente ocorre o desgaste ou quebra de ferramenta, que deve ser substituída. Quando a ferramenta reserva é colocada em operação, passa a ser um elemento de risco, pois poderá haver erro na alimentação dos dados de correção para sua compensação geométrica.

Pode haver erro na medição. Se a medição é correta, pode haver erro ao anotar o valor medido, ou se medição e anotação do valor são corretos, poderá haver erro na digitação no painel da máquina. Isto faz com que colisões possam ocorrer pela diferença de medidas consideras nos ajustes e as medidas reais das ferramentas.

Neste caso ao aproximar a ferramenta da peça, ou do dispositivo, haverá colisão da ponta da ferramenta que é considerada menor, mas na realidade é maior que a prevista.

Achr38Ccedil;ÃO PREVENTIVA – Quando um programa está sendo processado em modo automático contínuo, considera-se que todas as ferramentas que estão trabalhando no processo têm os respectivos corretores (geometria de pre-set) ajustados adequadamente para a obtenção das medidas desejadas nas superfícies usinadas.

Se uma ferramenta do processo desgastar-se ou quebrar, deverá ser substituída por outra gêmea para a realização do mesmo trabalho. Ao introduzir uma ferramenta nova no magazine, ou na torre, deve-se informar em uma tela apropriada os novos valores de correção (geometria de pre-set) para que a usinagem a ser realizada pela mesma obtenha as dimensões desejadas, ou pelo menos próxima disso, para que após medições da peça usinada, se possa realizar um ajuste posterior.

Para a obtenção dos valores de correção de uma ferramenta, dependendo do método de medição, correr-se-á maior ou menor risco de erro como: 
a – 
pode-se medir certo, mas realizar a leitura do aparelho de medição de forma errada e anotar em etiqueta o valor lido errado de forma certa. Com isto, o resultado final estará errado; 
b – 
pode-se medir certo, realizar a leitura do aparelho de medição de forma certa, mas anotar na etiqueta um valor errado. Com isto, o resultado final estará errado; 
c – 
pode-se medir errado, mas realizar a leitura do aparelho e a anotação de medição de forma certa os valores medidos errados. Com isto, o resultado final estará errado; 
d – 
ao digitar os valores no painel da máquina, pode-se ler corretamente os valores da etiqueta e digitar errado na tela. Com isto, o resultado final também estará errado; 
e – 
ou ainda: pode-se ler erroneamente os valores da etiqueta e digitar certo na tela os valores lidos errados. Com isto, o resultado final estará errado; 
f – 
pode-se ler errado os valores da etiqueta e digitá-los incorretamente na tela. Com isto, o resultado final estará errado.

Em todos os casos, corre-se sérios riscos de colisão, pois os deslocamentos da ferramenta se farão com as compensações em relação aos valores informados. Se estes valores estiverem errados, quando houver um deslocamento, a referência de posicionamento compensado poderá estar em uma área obstruída pelo dispositivo ou pela peça, ocorrendo então a colisão.

Além de muita atenção no momento de realizar esta tarefa de informar os corretores, deve-se ficar atento quando esta ferramenta substituta for entrar em uso, e imediatamente ligar a tecla “single block”, e fechar o override de avanço. Não acionar a tecla “Reset”. 

Leia a seqchr38uuml;ência deste artigo, clicando no link abaixo:

 Como evitar colisões em máquinas CNC – Parte X

(*) Fernando A. Cassaniga é instrutor de treinamento da Heller e autor dos livros: “Fácil Programação do Controle Numérico” e “Fácil Programação do Controle Numérico Fanuc”. Site: www.cnctecnologia.com.br e-mail: cnctecnologia@terra.com.br  

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