(21/06/2009) – Se a situação da indústria de máquinas e equipamentos está complicada, com queda de 20% do faturamento nos primeiro quadrimestre o que dizer do segmento de máquinas-ferramenta. De janeiro a abril, em comparação com o mesmo período de 2008, a queda no faturamento é superior a 50%, mais exatamente 53,5%.
Segundo Roberto Schaefer, presidente da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta da Abimaq, este é o resultado da paralisação dos investimentos ocorrida após a crise do subprime nos EUA. Em sua opinião, as vendas realizadas pelos fabricantes durante a Feimafe não devem alterar muito esse resultado, levando a queda de vendas – comparada aos primeiros cinco meses de 2008 – para o nível de 40%. Um detalhe observado por Schaeffer é que as empresas venderam máquinas em estoque, o que teoricamente não garante as atividades nos próximos meses. “Poucos fabricantes tem carteira de três meses”, comenta.
Segundo ele, muitos fabricantes estão no limite e se não houver uma mudança no quadro mais trabalhadores podem perder seus postos. “E não vejo sinais de reversão para os próximos meses”, diz, frisando que apesar da indústria automotiva (principal cliente do setor) estar batendo recordes de produção não há sinais claros de retomada dos investimentos. “Se o quadro atual perdurar por mais alguns meses talvez as montadoras retomem seus projetos de investimentos, mas se isso ocorrer deve ser mais para o final do ano”.
Schaefer não vê possibilidade no momento de se recuperar o nível de negócios de 2008, que considera um ano atípico. “Talvez consigamos fechar o ano no mesmo nível de 2007, que foi um bom ano para o setor”.
