(21/06/2009) – A Bosch de Curitiba, que fabrica sistemas de injeção eletrônica, anunciou a demissão 900 funcionários na semana passada, além de ter colocado outros 3 mil em licença remunerada por dez dias. Segundo a empresa, as demissões são um reflexo da crise global que reduziu a demanda por seus produtos.
Em nota divulgada à imprensa, a Bosch informa que desde o último trimestre de 2008 o número de pedidos de clientes vem diminuindo, sobretudo os pedidos externos. Segundo a empresa, as alternativas de adequação de turnos, férias coletivas e restrição de gastos nãio surtiram efeito e o sindicato local não aceitou a redução de jornada e salário. “A Bosch lamenta as cerca de 900 demissões efetivadas hoje e informa que esta ação foi necessária para garantir a competitividade da fábrica de Curitiba em longo prazo”, disse a nota.
Segundo o jornal Gazeta do Povo, o Sindicato dos Metalúrgicos da região de Curitiba (SMC) protocolou na manhã de sexta-feira pedido para que o Ministério Público do Trabalho (MPT) intervenha na negociação com a Bosch, para tentar reverter a demissão de 900 funcionários da empresa.
Desde outubro do ano passado, quando estourou a crise mundial, cerca de 3 mil trabalhadores foram demitidos em empresas automotivas no Paraná. Segundo o sindicato, a Bosch já havia desligado 700 colaboradores; a Volvo dispensou 430 funcionários no início de dezembro de 2008; a Case New Holland demitiu 700; a Volkswagen, de 60 pessoas. A Renault, que havia suspendido os contratos de quase mil colaboradores, recontratou todos eles.
