(07/06/2009) – No primeiro quadrimestre o faturamento do setor de máquinas e equipamentos caiu 20%, em relação ao mesmo período de 2008. Se descontada a inflação do período a queda foi de 5%. De janeiro a abril de 2009 o faturamento acumulado atingiu R$ 18,70 bilhões. No mês de abril, o faturamento do setor foi de R$ 4,72 bilhões, volume 17,2% inferior ao obtido em março e 25% em relação a abril de 2008.
“Foi apenas um soluço”, disse Carlos Pastoriza, vice-presidente da Abimaq, ao lembrar os números de março, quando as vendas deram indícios de recuperação. “Queríamos acreditar que os dados de março fossem o início de uma retomada”.
Para Pastoriza, com os números de abril, o que se observa na verdade é uma “queda brutal” no setor. “Ainda maior se levarmos em conta que dos BRICs o Brasil é o país que tem a taxa de investimento mais baixa. Nos últimos 10 anos, a média dos BRICs (sem o Brasil) é de 34% ao ano, enquanto a do Brasil é de apenas 16%”, informou. Segundo ele, a taxa de formação bruta de capital fixo do Brasil é inferior que a média da América Latina (18,7%), enquanto a média mundial está em e a do mundo é de 23,7%.
Dos 27 segmentos que a Abimaq representa, apenas três apresentaram números positivos no primeiro quadrimestre: equipamentos pesados, 23,1%; bombas e motobombas, 9,1%. Válvulas industriais, 1,9%. As maiores quedas ocorreram em máquinas e equipamentos para madeira (-61,2%); máquinas-ferramenta (-53,5%); máquinas e acessórios têxteis (-44,3%) e máquinas e implementos agrícolas (-43,9%).