(25/04/2009) – Quem esperava que a Feimafe, realizada na semana passada em São Paulo, se transformasse num divisor de águas deve ter saído do Anhembi frustrado. Infelizmente, a feira não marcou o fim da crise. Incertezas e insegurança continuaram pairando sobre o mercado. Por outro lado, quem participou do evento, viveu uma semana num ambiente de negócios, dinâmico, bem diferente do marasmo que dominou escritórios e fábricas nos últimos meses. Novos projetos, novos negócios, novos clientes… A feira injetou um pouco de ânimo no mercado de brasileiro de máquinas e ferramentas.
Alcino Bastos, gerente geral da Okuma Latino Americana, reconhece que não tinha grandes expectativas com relação à Feimafe. “Mas saio daqui mais animado que entrei”, disse. Entre outros fatores pelo volume e o nível dos visitantes que compareceram ao estande da empresa. “Vieram clientes importantes, gente que decide e empresas que nos trouxeram desenhos e apresentaram projetos para que especificássemos máquinas fizéssemos cotações”. No evento. A fabricante concretizou a venda de duas máquinas de médio porte.
“Em relação à situação enfrentada até abril a feira marcou uma melhora expressiva, com a concretização de negócios e de inúmeros bons contatos”, afirmou Giuliano Salin, engenheiro de Vendas da Mazak Sulamericana. Durante a feira, a empresa fechou a venda de 5 máquinas QTS 200, modelo compacto que estava sendo lançado no evento. “Uma surpresa para nós”, disse, acrescentando também ter notado muita procura pelas máquinas de grande porte (big machines). “Se não estivéssemos aqui, talvez alguns desses negócios não chegassem até nós”.
“O humor do mercado começou a mudar já na segunda-feira, embora a Brasilplast (realizada há duas semanas) já tivesse dado essa sinalização”, observou Hermes Lago, diretor de Comercialização de Máquinas–Ferramenta da Romi. Para ele, a feira foi positiva, tendo demonstrado “forte tendência de melhora do mercado” e ainda que as pequenas e médias indústrias – que estavam assustadas com a crise – estão de volta ao mercado. “A feira nos permitiu visualizar a possibilidade de cumprir a nossa meta em 2009, que é ambiciosa, de repetir o faturamento obtido no ano de 2007”.
“A feira foi muito boa”, avaliou Mauro Trevisan, gerente de Marketing da Deb´Maq. Apesar do menor número de visitantes, diz ter notado sensível melhora no nível das visitas, muitos deles interessados em realizar negócios. “A feira superou nossa expectativa, que na verdade era baixa. Em termos de negócios deve ter ficado próxima a de 2007, que não foi ruim”. Para o gerente, um ponto deve ser destacado: a feira trouxe ânimo à equipe de vendas, ao trazer a perspectiva de pelo menos de dois meses de trabalho a partir dos contatos gerados na feira. “A prospecção foi um dos fortes dessa feira”.
Paulo Lerner, diretor do Grupo Bener, fez observação semelhante: “A Feimafe deu uma injeção de ânimo no nosso pessoal de vendas”. Segundo Lerner, desde o primeiro dia, o movimento esteve acima da expectativa. “Estamos sentindo que os clientes estão voltando a ter trabalho e voltando a investir”. Segundo o executivo, no estande foram fechados negócios em todas as divisões do grupo, Bener High Tech, Bener Veker e Bener Presses, com destaque para as máquinas convencionais, já que no caso das CNCs o financiamento continua sendo um empecilho.
“A Feimafe mostrou uma luzinha no fim do túnel”, comentou Evandro L. Orsi, diretor da TM Bevo, fabricante de máquinas especiais que lançou na feira linha de máquinas seriadas da Quaser, de Taiwan. Orsi lembra que antes da Feimafe o mercado nacional de máquinas estava quase estagnado. “Na feira, deu para sentir que os processos começam a ser encaminhados, nos permitindo visualizar alguns negócios”.
Alcino Bastos, gerente geral da Okuma Latino Americana, reconhece que não tinha grandes expectativas com relação à Feimafe. “Mas saio daqui mais animado que entrei”, disse. Entre outros fatores pelo volume e o nível dos visitantes que compareceram ao estande da empresa. “Vieram clientes importantes, gente que decide e empresas que nos trouxeram desenhos e apresentaram projetos para que especificássemos máquinas fizéssemos cotações”. No evento. A fabricante concretizou a venda de duas máquinas de médio porte.
“Tivemos a grata surpresa de um movimento menor em volume, mas muito consistente. Apostamos em trazer uma máquina de grande porte e ficamos satisfeito com o interesse que a máquina despertou, inclusive em clientes de segmentos não habituais de nossa linha”, analisou Augusto Cesar B. Mestre, diretor Comercial da Heller. Mestre ainda podia comemorar a venda de uma máquina na feira: “Fechamos um pedido e agendamos reuniões importantes”.
Henry Goffaux, presidente da DMG América Latina, se dizia agradavelmente surpreso com a feira. “Dobramos a meta estabelecida para a Feimafe”, informava no sábado pela manhã, após o fechamento de mais um pedido. A preparada para o evento – 24 x sem juros, para máquinas em estoque, com financiamento direto – deu o retorno esperado, respondendo por 50% dos negócios fechados na feira. “Me arrisco a dizer que teremos nos próximos dois meses volume de negócios semelhante ao obtido na feira”.