(24/05/2009) – As empresas do setor de ferramentas que mantiveram a participação na Feimafe não tiveram do que reclamar. O receio de que a ausência da maioria dos grandes players do setor “esvaziaria” o evento, desapareceu logo nos primeiros dias de feira. Apesar de um número menor de visitantes ao evento, a freqüência nos estandes de empresas como Gühring, Kennametal, LMT, Ceratizit, TDC, Wolf, Emuge-Franken, MB Ferramentas, Kyocera, YG-1, entre outros, esteve acima da média.
“A ausência de alguns players do mercado acabou não tendo grande influência na movimentação da feira”, avaliou Junio Uvinha, diretor da TDC do Brasil. Para ele, a Feimafe demonstrou ter força própria. “Acredito que nossa marca ganhou alguns pontos neste evento”, afirmou. “Em nossa terceira participação na feira, acredito que consolidamos a marca TDC no Brasil”.
“A feira está sendo uma surpresa para nós”, comentou Eugenio Saller, diretor-geral da LMT-Boehlerit do Brasil, citando três fatores: o volume de pessoas, o nível das visitas e o efetivo interesse pelos produtos expostos. Segundo o diretor, além de clientes tradicionais, estiveram em seu estande representantes de empresas nas quais a LMT tem participação pequena, manifestando interesse em ampliar os negócios. Em sua opinião, a feira deu grande visibilidade à marca, “favorecendo nosso objetivo de conquistar no mercado brasileiro o mesmo reconhecimento que já possuímos na Europa”.
A movimentação no estande também surpreendeu a da MB Ferramentas. Para Rodolfo Bosqueiro, assessor da diretoria, o número e a importância dos visitantes que contataram a empresa durante o evento esteve bem acima da expectativa. “E o que é melhor, nessas visitas era evidente o interesse em produtos e em tecnologia”, disse. Para o assessor, a Feimafe abriu novas perspectivas para a empresa em 2009.
“A nossa decisão de vir ao evento foi 120% acertada”, afirmou Zuza Guimarães, diretor-presidente da Kennametal do Brasil. “Recebemos clientes importantes, estreitamos relacionamento e mostramos a nova face da Kennametal”. Outra decisão acertada, segundo Zuza, foi a de criar promoções especiais para a feira – envolvendo inclusive treinamento para a equipe de vendas na semana que antecedeu o evento. “A receptividade dos clientes às promoções foi muito boa”, disse. “Superamos nossa meta em 30% a 40%”.
Marcelino Kawamura, gerente de Suporte a Negócios da Kyocera, comemorava o fato de a sua matriz ter mantido o investimento em eventos no Brasil, ao contrário da postura adotada para outros mercados. “Além de permitir solidificar nosso relacionamento com muitos clientes, essa feira nos permitiu o contato com potenciais clientes que se interessaram por nossos produtos”, disse. Segundo Kawamura, um número significativo de visitantes abriu a possibilidade de reuniões e testes no pós-feira.
chr38quot;Se tivesse feito uma lista dos clientes que eu gostaria que visitassem nosso estande, eu teria errado. Vieram muito mais”, dizia Marcos Mantovani, gerente Nacional de Vendas da Guhring Brasil. A essa observação, o diretor-geral, Dietmar Altwig, acrescentava o fato de as visitas terem se caracterizado pelo profissionalismo: “muitos clientes chegavam ao estande em busca de solução para problemas tecnológicos”. Se notaram a diminuição de visitantes de outros Estados, por outro lado, Altwig e Mantovani contabilizam maior volume de visitantes de outros países da América do Sul.
Harald Egger, diretor da Ceratizit América Latina, era um dos mais satisfeitos com a participação na Feimafe. Afinal, após duas tentativas (2005 e 2007) de participar do evento, a empresa enfim conseguiu um espaço em 2009. “Foi uma oportunidade histórica para nossa empresa, relativamente nova no mercado brasileiro, poder reforçar nosso contato com clientes e prospectar novos negócios”, comemorava. Um dado interessante apontado por Egger é que estar na feira, com sua boa movimentação, foi quase como ficar uma semana longe da crise. “Esta feira pode ter sido uma fonte de energia para nos dar o impulso que irá nos tirar mais rápido dessa crise”.
