(10/05/2009) – O desempenho da Gerdau, ao longo do primeiro trimestre de 2009, foi fortemente impactado pela redução da demanda mundial por aço. Na comparação com o quarto trimestre de 2008, as vendas físicas consolidadas, de 3,1 milhões de toneladas, apresentaram 12,7% de redução, e a produção de aço foi de 2,5 milhões de toneladas, 22,2% menor. Em março, porém, a empresa diz ter “verificado sinais de melhora dos mercados, ampliando em 20,7% suas vendas físicas em comparação com dezembro de 2008”. Como resultado desse cenário, a Gerdau encerrou o trimestre com faturamento de R$ 7,7 bilhões e lucro líquido de R$ 35 milhões.
“Conseguimos nos adequar rapidamente à nova realidade do mercado, pela flexibilidade de nossas operações e pelo esforço e qualidade de gestão das nossas equipes, em todos os países em que atuamos. Aumentamos o caixa, que somou R$ 5,8 bilhões no final de março, e melhoramos a liquidez, reduzindo capital de giro. Além disso, o custo total de produção foi reduzido em R$ 1,8 bilhão, o que representa 28% a menos em comparação com trimestre anterior. Esse esforço gerencial deverá influenciar positivamente os custos nos próximos trimestres, que não estarão mais impactados pelos elevados estoques produzidos para atender os crescentes níveis de consumo verificados até outubro de 2008”, afirma o diretor-presidente, André B. Gerdau Johannpeter.
No Canadá e Estados Unidos (exceto unidades produtoras de aços especiais), a Gerdau Ameristeel apresentou 11,4% de crescimento no volume de produção de aço frente ao quarto trimestre de 2008 e atingiu 1 milhão de toneladas no trimestre. As vendas físicas foram de 1,1 milhão de toneladas (- 11,5%). Apesar da redução da demanda verificada no primeiro trimestre, as vendas no mês de março apresentaram crescimento de 10,1% em relação a dezembro de 2008. Na América Latina (exceto Brasil), a produção de aço das unidades Gerdau atingiu 316 mil toneladas nos três primeiros meses do ano, 41,1% a mais sobre o quarto trimestre de 2008. As vendas físicas, de 487 mil toneladas, também apresentaram expansão, de 9,7%.
No BRASIL (exceto as unidades produtoras de aços especiais), houve redução de 41,3% na produção de aço (879 mil t no primeiro trimestre). De acordo coma a empresa, a diminuição se deve à antecipação da parada para manutenção do alto-forno 1 da Gerdau Açominas (MG). No período, as vendas para o mercado interno tiveram 26,8% de queda e somaram 721 mil toneladas. No entanto, no mês de março, as vendas físicas para o mercado interno brasileiro evoluíram 12,2% em comparação com dezembro de 2008.
Para compensar parcialmente a retração do mercado interno ao longo do primeiro trimestre, a Gerdau ampliou as exportações a partir do país, apesar da baixa rentabilidade obtida nas vendas para o exterior. Alcançou 374,7 mil toneladas embarcadas (+ 38,4% em volume) e as receitas de exportação chegaram a R$ 397,4 milhões.
No segmento de aços especiais (unidades no Brasil, EUA e Espanha), a produção foi de 300 mil t de aço (- 50,5%). No mesmo período, as vendas físicas foram 32% menores, de 398 mil toneladas. Porém, no mês de março, as vendas físicas demonstraram 9,6% de expansão perante dezembro de 2008.