14/7/2007 – Criada em julho de 2006 para atuar no mercado de tratamento térmico a vácuo, a Isoflama já está em processo de expansão de sua fábrica de Indaiatuba (SP). A empresa investiu na instalação de um forno para passar a prestar serviços de nitretação iônica.
O diretor João Carmo Vendramim justifica o investimento, explicando que nesse primeiro ano de operação a Isoflama conquistou carteira de clientes substancial, em sua maioria empresas que fabricam ferramentas para os setores automotivo, aeronáutico, naval e ferroviário. “Algumas empresas que atuam na área de aço-ferramenta têm recomendado nossos serviços”, observa.
Essa indicação, segundo Vendramim, se deve ao fato de os fornos de têmpera e vácuo da Isoflama serem considerados de grande confiabilidade térmica. Têm sistema automático de aquecimento e resfriamento; operam com até 12 bar de pressão com gás nitrogênio; permitem monitoramento das temperaturas da superfície e núcleo das peças; monitoramento via web; oferecem rastreabilidade etc. “São detalhes que maximizam as propriedades mecânicas dos aços”, afirma. No caso da têmpera, oferece também a possibilidade de execução do tratamento denominado martêmpera (isothermal quenching); no caso do revenimento é a vácuo e o resfriamento é realizado com turbo cooler (rápido).
Os equipamentos, informa o diretor, foram adquiridos junto à companhia polonesa-americana Seco/Warwick, de quem acabou se transformando em parceira. Hoje, a Isoflama representa com exclusividade os fornos da Seco/Warwick no Brasil.
NITRETAÇÃO IÔNICA – Para a área de nitretação, a empresa foi buscar tecnologia alemã. Foi adquirido um forno da Plateg (de 900 mm de diâmetro por 1600 altura), de nitretação iônica por plasma pulsado, processo conhecido há mais de 60 anos, mas que só ganhou aplicação industrial nos anos 1980, com o avanço dos microprocessadores.
Vendramim informa que essa tecnologia apresenta vantagens em relação à nitretação a gás. “Trata-se de um processo ambientalmente correto, de baixo consumo energético e que não gera resíduos”, informa. Além disso, oferece repetibilidade e controle. “Possibilita o monitoramento adequado do processo, permitindo que se obtenha melhores propriedades mecânicas da superfície”, comenta.
O diretor avalia que cerca de 30% das peças de seus clientes necessitam também ser submetidas ao processo de nitretação iônica – para ganhar maior resistência ao desgaste por abrasão, adesão e corrosão e melhorar a tenacidade. Com a oferta do novo serviço, Vendramim acredita que estará agregando valor e facilitando a logística de seus clientes, que não precisarão recorrer a outro fornecedor.
ISOFLAMA – A Isoflama – que também presta serviços de metalografia e caracterização de materiais (espectrometria) – é um projeto que reuniu três empreendedores, dois deles da área técnica. Vendramin é engenheiro metalúrgico, especialista em tratamento térmico e de superfícies; Marco Antonio Manz é engenheiro mecânico, especializado em fornos; e Thomas H. Heiliger, administrador, é especializado em finanças.
