(01/07/2007) – A B. Grob do Brasil está produzindo no Brasil o centro de usinagem BZ 500 T. Do tipo stand alone, a máquina representa uma nova estratégia empresarial da empresa no Brasil e no mundo, com a qual tenta conquistar maior espaço também entre as pequenas e médias empresas.
Segundo Harry Pfeiffer, gerente de Vendas da filial brasileira, a idéia de lançar uma máquina stand-alone se deve à necessidade de suprir o mercado nacional. Conforme o gerente, o mercado brasileiro se caracteriza hoje por uma ausência de grandes projetos dos tradicionais clientes da B. Grob, ao mesmo tempo em que registra aumento gradativo da terceirização da usinagem. “E esse segmento, o de prestadores de serviço de usinagem para terceiros, demonstra necessidade de equipamentos simples, de menor custo e com prazo de entrega reduzido”, diz, acrescentando que também se verifica no Brasil “uma reposição lenta e gradativa do parque industrial, portanto, muito mais voltada a máquinas stand-alone”.
Outro dado conjuntural levado em consideração diz respeito ao câmbio. O lançamento do BZ 500 T também visa aumentar o volume de fornecimento no mercado nacional, diminuindo os possíveis riscos advindo de um contrato fechado em moeda estrangeira. Aliás, atualmente a maioria dos pedidos em carteira da Grob é para o mercado nacional, 65%. “Por outro lado, o lançamento também vem ao encontro da necessidade de nos tornarmos mais competitivos perante as máquinas importadas”, explica.
De acordo com Pfeiffer, ao contrário do que pensa o mercado, o foco da B. Grob não é a exportação. “Nós focamos nossos esforços onde existem projetos mais apropriados ao nosso produto e este esforço não mede fronteiras”, justifica. “Se não há investimentos de porte em manufatura no Brasil, nossa capacidade naturalmente é ocupada com serviços no exterior. Tanto que dificilmente deixamos de fornecer ou perdemos concorrências no mercado brasileiro”, diz e cita os fornecimentos no País: a fábrica de motores Renault, Volvo, Tritec e, mais recentemente, Cummins, Scania, Honda, Krupp, MWM International e VW São Carlos.
Há mais de dez anos, aliás, a filial brasileira divide sua capacidade de produção entre máquinas especiais e centros de usinagem, 50% para cada uma. “A vinda de um stand-alone para nossa linha de produtos, portanto, servira para preencher lacunas e também para suprir períodos com falta de projetos maiores”, analisa.
O NOVO CENTRO – Segundo Pfeiffer, o foco, a idéia e a concepção do projeto foi toda realizada no Brasil com o suporte técnico da engenharia da empresa, na Alemanha. No projeto, foram utilizados alguns componentes de outra família de centros desenvolvida na Alemanha, a série “G”. O gerente explica que série de centros de usinagem desenvolvida na matriz também teve como premissa desenvolver módulos de produção simplificada e seriada e, portanto, de menor custo.
O centro é equipado com mesa de palete 500 x 500 e um fuso (HSK-A63) para a usinagem de alumínio (podendo operar a até 18.000 rpm) ou ferro fundido/aço (10.000 rpm). O magazine porta-ferramenta de disco comporta 40 ferramentas (opcional para 60). Capaz de usinar peças de médio porte, tem cursos de 630 mm (X), 600 mm (Y), e 630 mm (Z) e um volteio de 740 mm.
Um detalhe é que a nova orientação dos eixos da máquina permite melhor acesso do operador à compacta área de trabalho. “Nosso projeto é uma derivação do antigo BZ 500. A engenharia teve como meta simplificar a construção/fabricação do antigo BZ 500, visando baixar o custo, sem alterar nossos standards e sem comprometer a qualidade dos periféricos”, observa.
Segundo o gerente, o prazo de entrega do BZ 500 T é de 90 dias e a máquina oferece custo/benefício extremamente competitivo. A máquina, que já foi exposta na Feimafe, será apresentada na Febramec, em agosto, e na MecMinas, em novembro.
