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São Paulo, 06 de julho de 2025

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14/12/2008

Retomada no segmento de usinagem deve ocorrer já no segundo trimestre

(14/12/2008) – A imagem da crise para mim até pouco tempo era a de executivo de uma empresa de ferramentas de corte, teclando compulsivamente seu celular, possivelmente à procura de informações positivas. O objetivo do encontro, o de entrevistá-lo, acabou por não se concretizar. Passados dois meses, o site usinagem-brasil contatou vários fabricantes e distribuidores em busca das expectativas do setor de ferramentas com 2009. Ainda que ninguém tenha clareza do que possa ocorrer nos próximos meses, já se encontra um pouco mais de otimismo.
      
“O mercado deve ficar mais retraído do que o de costume no primeiro trimestre”, observa Diogenes Berel, gerente Técnico e Comercial da Ceratizit. Para Berel, o cenário é favorável à empresa, ainda relativamente nova no mercado: “os clientes, mais do que nunca, devem buscar soluções alternativas para aumentar sua competitividade”.
       
Já a OSG Tungaloy, dizendo-se ciente da crise mundial, não vislumbra retração no faturamento. “Talvez tenhamos um pequeno crescimento, de 2 a 5%, mas não queda”, afirma Rodrigo Katsuda, coordenador de Marketing. A filial manterá seus projetos, incluindo investimento de R$ 3 milhões no OSG Tungaloy Service Center, voltado aos serviços de reafiação de ferramentas. “Essa é a aposta da OSG Tungaloy para 2009: focar a prestação de serviços e executar esse trabalho com excelência”.
       
“Passado esse estado de choque e embalado pelas vendas de final de ano, acreditamos na restauração gradativa da confiança das empresas no mercado e uma recuperação da economia a partir de fevereiro de 2009”, opina Marcelino Kawamura, da Kyocera. “Não teremos a economia aquecida como em 2008, mas a expectativa é que o comportamento se mantenha no patamar de 2007”.
       
Rodofo K. Bosqueiro, representante da direção da MB Ferramentas, também acredita numa recuperação a partir de fevereiro. “Apesar das atuais circunstâncias do mercado, 2009 será um bom ano, já em fevereiro. Esperamos um crescimento considerável, de 15% sobre nosso faturamento recorde de 2008”.
       
“Somos uma empresa que pensa sempre positivo”, frisa Sydnei Pimenta Paiva, presidente da Mapal. “Porém, examinando o cenário mundial e local, percebemos que 2009 será um ano difícil, principalmente no primeiro semestre”. Para o executivo, no próximo exercício, todas as oportunidades devem ser aproveitadas, o que exigirá um ganho de produtividade grande dos clientes, abrindo espaços para as soluções da Mapal.
       Salvador Fogliano, diretor da Dormer Tools, reconhece que o início do ano será de muitas dificuldades, mas avalia que após o primeiro trimestre os negócios irão voltar. “Estamos mantendo o orçamento elaborado antes da crise”, diz. Ressalta, porém, que a empresa está cautelosa, mas acredita num ano positivo, inclusive com aumento de participação. O diretor cita dois fatores: primeiro, a diversificação da área atuação da Dormer, que está presente em muitos setores industriais; segundo: embora seja uma empresa globalizada, grande volume de seus produtos é de produção local, assim a variação cambial deverá ser uma ajuda extra.
       
Para Cristiano Jorge, gerente de Marketing da Seco Tools, o cenário atual é de retração na produção e diminuição do mercado de ferramentas no 1° trimestre. Por outro lado, “continuaremos nosso curso de crescimento no Brasil, certos de que podemos crescer mesmo frente a um cenário nebuloso”. E continua: “teremos muitos novos produtos em 2009 que nos darão suporte para alcançar os resultados, alinhado com nossa capacidade de proporcionar redução de custo de produção aos nossos clientes”.
       
Eliana Jardim, diretora da Difer, não vê perspectivas de crescimento em 2009. “Ao contrário, podemos ter redução do faturamento”, diz. Porém, independente das expectativas pessimistas, “manteremos os investimentos em tecnologia, máquinas e equipamentos, para aumento de nossa capacidade produtiva”.
       
“Infelizmente, esperamos um primeiro trimestre bastante difícil, com queda acentuada nas vendas”, avalia Aniello Milone, diretor da Hurth-Infer. Já Eduardo Gebra, gerente Técnico da Mitsubishi, acredita que o mercado retorne aos níveis normais a partir de março. “Aposta mantida com o lançamento de produtos que devem alavancar os negócios, além de reforços na estrutura de vendas”.
       
Para Walter Campos, diretor da YG-1, o primeiro semestre será marcado por incertezas e competição acirrada entre os fornecedores. “É provável que haja algumas consolidações e outros não tenham estrutura para superar este período”, diz, lembrando que para a YG-1 a expectativa é muito positiva. Para Campos, um cenário de dólar valorizado é positivo para a indústria nacional, representando maior competitividade. Reconhece que a variação cambial impactará os custos da YG-1 do Brasil no curto prazo, mas, a longo prazo, diz ser indiferente. “Na verdade, um real mais desvalorizado viabiliza a instalação de uma fábrica no País, enquanto que com a moeda forte a importação é favorecida”.

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