(09/11/2008) – Empresas mais recentes no mercado brasileiro também reconhecem a importância de oferecer treinamento aos clientes. A TaeguTec, por exemplo, desde o início de suas atividades no Brasil, em 2001, conta com um departamento de treinamento ativo. Nos últimos três anos, a área está sob responsabilidade de Daniel Yuhara, profissional com larga experiência em usinagem, que iniciou suas atividades na Valenite, nos anos 1980.
Para Yuhara, o treinamento é uma necessidade tanto do fabricante como dos clientes. “Ferramenta de corte é um produto de aplicação essencialmente técnica que requer do usuário o conhecimento de todas as suas características e benefícios”, resume. “Os treinamentos e seminários são o modo mais eficiente de se passar esse conhecimento”.
O gerente Técnico da TaeguTec lembra, no entanto, que na maioria dos casos não basta simplesmente ensinar os usuários sobre o uso e aplicação de determinadas ferramentas. “Muitos profissionais desconhecem as técnicas corretas de usinagem ou estão muito desatualizados”. Por isso, conta que costuma introduzir em seus treinamentos – realizados na sede da empresa em São Paulo (SP), in company ou na rede de distribuidores – o que chama de embasamento teórico da usinagem, onde aborda temas básicos do processo. “Inclusive muitas empresas nos solicitam justamente esses treinamentos básicos”. Segundo ele, este mesmo tipo de solicitação é comum também entre escolas técnicas e universidades. “chr38Agrave;s vezes, os alunos dessas instituições desconhecem conceitos elementares de usinagem”.
Yuhara conta que essa carência de mão-de-obra qualificada levou a direção da filial a promover uma reestruturação da área de treinamento, com o objetivo de levar os cursos e seminários a todas as regiões do País, o que – por outro lado – também deverá trazer maior visibilidade à marca no mercado brasileiro.
CENTRO DE TREINAMENTO – Empresa que acaba de completar 10 anos de atividades diretas no Brasil, a Mitsubishi Materials tem entre seus planos de médio prazo a construção de um centro de treinamento no País. “A idéia é fortalecer a nossa área de treinamento, pois vemos no nosso dia-a-dia a necessidade dos usuários de informações sobre a tecnologia de usinagem”, diz Eduardo Gebra, gerente Técnico da MMBR, a filial brasileira da Mitsubishi.
Segundo Gebra, desde o início de suas atividades diretas no Brasil a Mitsubishi tem procurado oferecer treinamentos aos clientes, em crescimento constante. No ano passado, a filial entrou num novo patamar com a expansão do escritório em São Paulo, quando foi instalada uma sala para treinamento com capacidade para 30 pessoas.
Também no ano passado foi traduzido para o português o Tooling Technology, livro que passou a ser utilizado como base para todos os treinamentos oferecidos pela empresa no mundo. Segundo o gerente o Técnico, o livro parte do básico, apresentando os conceitos fundamentais de torneamento fresamento e furação. “Desde o seu lançamento no Brasil o livro já utilizado no treinamento de mais de 1 mil pessoas”, informa.
“No momento estamos traduzindo o Tooling Technology II, que aprofunda os conceitos apresentados no primeiro volume”, diz Gebra, informando que são abordados temas como estratégias de interpolação helicoidal para usinagem de matrizes; usinagem com altos avanços (High Feed); a influência dos ângulos da ferramenta; e usinabilidade dos materiais.
Para o gerente, com a oferta de cursos e seminários a Mitsubishi leva um diferencial para os clientes. “Acredito que estamos ajudando a indústria nacional a ser mais competitiva no mercado global”, afirma. “A formação é a base de tudo. Quando precisamos selecionar novos funcionários também notamos que existe uma grande falta de conhecimento técnico”, reconhece Gebra, adiantando que entre os planos da empresa para 2009 está a criação de um calendário de cursos.
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