São Paulo, 29 de abril de 2024

10/10/2008

História e aplicações do CNC – II

(*) Fernando A. Cassaniga

A partir de 1957, houve nos Estados Unidos, uma grande corrida na fabricação de máquinas comandadas por CN. Até então os industriais investiam em adaptações do CN em máquinas convencionais. Este novo processo foi cada vez mais usado na rotina de manufatura, que a partir deste ano, com todos os benefícios que haviam obtido deste sistema, surgiram novos fabricantes que inclusive já fabricavam seus próprios comandos.

Devido ao grande número de fabricantes, começaram a surgir os primeiros problemas, sendo o principal a falta de uma linguagem única e padronizada. A falta de padronização era bastante sentida nas empresas com mais de uma máquina, fabricadas por diferentes fornecedores, cada um deles tinha uma linguagem própria, com a necessidade de uma equipe técnica especializada para cada tipo de comando, elevando os custos de fabricação.

Em 1958, por intermédio da EIA (Eletronic Industries Association) organizaram-se estudos no sentido de padronizar os tipos de linguagem. Houve então a padronização de entrada conforme padrão RS-244 que depois passou a EIA244A ou ASC II.

Atualmente o meio mais usado de entrada de dados para o CNC é via computador, embora durante muitos anos a fita perfurada foi o meio mais usado, assim como outros com menor destaque.

A linguagem destinada a programação de máquinas era a APT (Automatically Programed Tools), desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts em 1956. Daí para frente foram desenvolvidas outras linguagens para a geração contínua de contornos como AutoPrompt (Automatic Programming of Machine Tools), ADAPT, Compact II, Action, e outros que surgiram e continuam surgindo para novas aplicações.

Com o aparecimento do circuito integrado, houve grande redução no tamanho físico dos comandos e sensível aumento da capacidade de armazenamento, comparando-se com os controles transistorizados.

Em 1967, as primeiras máquinas controladas numericamente chegaram ao Brasil, vindas dos Estados Unidos. No início da década de 70, surgem as primeiras máquinas CNC e no Brasil surge as primeiras máquinas CN de fabricação nacional.

A partir daí, observa-se uma evolução contínua e notável concomitantemente com os computadores em geral, fazendo com que os comandos (CNC) mais modernos empreguem em seu conceito físico (hardware) tecnologia de última geração. Com isso, a confiabilidade nos componentes eletrônicos aumentou, aumentando a confiança em todo sistema.

Observação: Comando CN é aquele que executa um programa sem memorizá-lo e, a cada execução, o comando deve realizar a leitura no veículo de entrada. Comando CNC é aquele que, após a primeira leitura do veículo de entrada, memoriza o programa e executa-o de acordo com a necessidade, sem a necessidade de nova leitura. 

(*) Fernando A. Cassaniga é tecnólogo de Processos, instrutor de treinamento da Heller e autor dos livros: “Fácil Programação do Controle Numérico” e “Fácil Programação do Controle Numérico Fanuc”. Contatos: site: www.cnctecnologia.com.br; e-mail: cnctecnologia@terra.com.br

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