São Paulo, 06 de dezembro de 2025

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11/11/2006

Indústria espera maior crescimento no novo mandato

(11-11-2006) – O setor industrial quer ver o país crescer nos quatro anos do novo mandato do presidente Lula, dentro dos parâmetros anunciados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo próprio presidente antes das eleições. Na reta final da campanha, o governo anunciou que estima crescimento de 5% em 2006, com projeção de índices maiores até 2010.

De acordo com o economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Edgard Pereira, a base para conseguir um cenário favorável ao crescimento é reduzir as taxas de juros. “A sinalização do governo de que vamos crescer dependerá do declínio da taxa de juros. E isso depende só do governo”, afirmou.

O Iedi reúne um grupo de 45 empresários industriais brasileiros e desenvolve estudos sobre a indústria e o desenvolvimento. Hoje, a taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic está cotada a 13,75%. Para Pereira, é preciso que a taxa Selic se equipare ao nível de taxas internacionais, na média em 5%. “Tirando a inflação, temos taxa real em torno de 10%, que ainda é elevada diante de uma inflação esperada de 3% ao ano”, estimou.

Já para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o crescimento prometido pelo presidente Lula pode ser alcançado com a redução nos gastos públicos, com a execução das reformas fiscal e tributária e com a definição de marcos regulatórios para atração de capital privado, além da redução da burocracia e do investimento em educação.

O presidente da CNI, Armando Monteiro, disse que o setor vê como prioridade a questão fiscal. “O governo precisa assumir nova postura na área fiscal: controlar, racionalizar e até mesmo cortar gastos, para que o setor público recupere sua capacidade de investimento e para que o setor privado seja desonerado gradualmente com a redução da carga tributária. Essa é uma questão fundamental para o País poder crescer”, definiu.

Na visão de Monteiro, ao solucionar problemas fiscais, o governo terá dinheiro em caixa para incrementar a infra-estrutura de transporte, energia, telecomunicações e saneamento, necessária para atrair novos investimentos. A burocracia, lembrou, é sinônimo de ineficiência e de aumento de custos, e gera um entrave para o crescimento. “Um ataque frontal à burocracia tem o poder de acelerar todo o processo produtivo, da obtenção de insumo à entrega dos produtos”, observou.

Outra questão que deve ser trabalhada pelo governo, na opinião de Monteiro, é o estímulo à inovação para que a indústria se torne mais competitiva, consiga reduzir custos, além de aumentar a oferta de bens e serviços.

Mas o economista do Iedi, Edgard Pereira, insiste na redução da taxa de juros. “É uma atitude básica, sozinha não é condição suficiente para aumentar o crescimento, mas é necessária para fazer o país crescer, antes de qualquer outra medida”, enfatizou.

Na avaliação dele, essa queda vai liberar recursos para deslanchar alguns investimentos necessários para impulsionar setores como o de logística (portos, aeroportos e ferrovias), saneamento básico e energia. E terá um efeito positivo sobre o mercado de câmbio: “Quando se tem taxa de juros mais baixa, diminui o espaço de arbitragem da moeda brasileira”.

Para o economista, também a carga tributária é pesada e a reforma, necessária, além da previdenciária: “Num cenário econômico de crescimento propiciado pela queda na taxa de juros, fica mais fácil resolver as pendências nas áreas tributária e previdenciária”.

O presidente da CNI disse ainda que os empresários vão cobrar do governo sua parte no estímulo ao crescimento e ao desenvolvimento sustentado. “Capital político, o novo governo acaba de conquistar nas urnas. Os empresários e o Brasil têm pressa. A indústria será uma força atuante no impulso e na cobrança para que o Brasil se transforme, nos próximos quatro anos, em uma economia de alto crescimento”, concluiu Monteiro.

Fonte: Agência Brasil

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