(19-11-2006) – No recente Salão do Automóvel, em São Paulo, dava-se quase como certo anúncio da entrada de algum fabricante chinês no Brasil, o que não ocorreu. Na semana passada, foi divulgado que a Chery, a quinta maior fabricante da China vai se instalar no Uruguai. Em parceria com a Socma, da Argentina, os chineses investirão US$ 100 milhões, com estimativa de produção de 25 mil unidades já em 2009. Serão dois modelos, um 4×4, o Tiggo, e um carro popular.
Segundo o publicado em alguns jornais brasileiros e argentinos, os chineses optaram pelo Uruguai para não ficar sujeitos às constantes mudanças do regime automotivo Brasil-Argentina. Em Montevidéu, onde vão ocupar uma fabrica desativada do grupo Socma, se beneficiarão das vantagens tarifárias do Mercosul. A princípio a nacionalização será de 40% e, em dois anos, esse índice deverá subir para 60%.
A Chery – que recentemente assinou contrato com a Fiat para a produção de 100 mil motores/ano – é uma empresa estatal, que pertence à cidade de Wuhu e à Província de Anhui (no sudeste do país). Fundada em 1997, a empresa exporta para 53 países e, em 2006, o faturamento deve crescer expressivos 80%, se comparado ao ano anterior.
Alguns jornais dizem que, numa segunda etapa, o projeto da Chery envolve a construção de uma fábrica no Brasil ou na Argentina. Outros garantem que a fábrica irá produzir apenas componentes e será instalada em Buenos Aires.
