São Paulo, 06 de dezembro de 2025

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16/12/2006

Investimento em inovação: o desafio da indústria

(16/12/2006) – O principal desafio brasileiro, hoje, é intensificar as atividades de pesquisa dentro das empresas, segundo o diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Carlos Henrique Brito Cruz. Em palestra no I Seminário Inovação e Empresa, promovido pela Cámara Oficial Española de Comercio en Brasil, Brito Cruz afirmou que a área de pesquisa e desenvolvimento é forte nas universidades, mas não há comunicação entre os cientistas da academia e as indústrias.

Primeiro de um ciclo anual de eventos que a Cámara Española realiza sobre o tema inovação, o I Seminário Inovação e Empresa reuniu acadêmicos, empresários e executivos para discutir a atual legislação de incentivos à pesquisa e desenvolvimento e também os avanços brasileiros na pesquisa de energias renováveis. “Queremos criar um fórum de discussão para os associados da Câmara e a sociedade brasileira”, afirmou Ramón Sánchez Díez, presidente da entidade. “Inovação é a peça fundamental do crescimento sustentável”, acrescentou.

Segundo o diretor da Fapesp, as universidades brasileiras formam atualmente cerca de 10 mil doutores por ano, número equivalente ao de países como China, Coréia e Índia. Porém, somente 23% dos cientistas brasileiros trabalham na iniciativa privada, frente a 54% na Coréia e 80% nos Estados Unidos. “A Espanha vem trabalhando há 20 anos e conseguiu reverter esta situação”, disse Brito Cruz. Em seu entender, o sucesso da estratégia daquele país é comprovado pela curva do número de patentes, que acompanha o aumento da contratação de cientistas pelas indústrias espanholas.

“O conhecimento é uma nova commodity, e a empresa que não levar isso em consideração está com uma idéia errada do futuro”, afirmou Fernando Araújo Moreira, professor da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). Para Brito Cruz, contudo, o Brasil está no caminho correto, com a aprovação, em 2004, da Lei de Inovação, seguida pela “Medida Provisória do Bem” e a criação de incentivos, subvenções e subsídios para os investimentos do setor privado em P&D. “Os efeitos dessas medidas começam a aparecer agora. Vejo isso na Fapesp, onde a procura de empresas interessadas em parcerias e no co-financiamento de projetos aumentou muito”, disse ele.

A Cámara Oficial Española de Comercio en Brasil, no País desde 12 de agosto de 1955, agrupa membros da comunidade empresarial (multinacionais, comerciantes, industriais) e pessoas físicas, de diversas nacionalidades, que tenham interesse no intercâmbio comercial e econômico entre Brasil e Espanha.

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