(09/02/2007) – Com os 12,4% de crescimento registrados em 2006, em relação a 2005, a indústria brasileira de máquinas conseguiu mais do que dobrar as vendas externas nos últimos cinco anos. Segundo dados da Abimaq, o volume exportado no ano passado alcançou US$ 9,6 bilhões, enquanto em 2002 era de US$ 3,7 bilhões.
Entretanto, o presidente da Abimaq, Newton de Mello, destaca que as vendas externas vêm apresentando desaceleração desde o início de 2005, quando registrava crescimento acima de 40% nessa variável. A principal razão desse decréscimo contínuo, a seu ver, é a desvalorização do dólar frente ao real, que tira a competitividade do produto nacional no mercado externo. “Esses resultados ainda positivos são reflexo dos esforços do fabricante nacional de um produto de difícil penetração e exposição no exterior, que mantém espaços duramente conquistados no mercado internacional”, afirma.
Na prática, os dados de exportações são os responsáveis para que o setor não tivesse resultados globais ainda piores em 2006. Além disso, o crescimento contínuo das exportações de máquinas e equipamentos coloca o Brasil entre os players mundiais de máquinas, ocupando a 20ª. posição entre os exportadores globais, de acordo com estudo da entidade. Os líderes desse ranking são a Alemanha, Estados Unidos, Japão, Itália e Reino Unido.
No mercado brasileiro, a indústria de máquinas ocupa a segunda colocação entre os principais grupos de produtos manufaturados exportados pelo País, perdendo apenas para material de transportes. Os principais destinos das exportações do setor são Estados Unidos, com US$ 2,7 bilhões (28% de participação e 12,5% de crescimento); Argentina, com US$ 1,2 bilhão (12% de participação e 19,5% de crescimento); Alemanha, com US$ 610 milhões (6% de participação e 12% de crescimento). Esses países são seguidos por México, Reino Unido, Venezuela, Chile e China.
Com as importações totalizando US$ 9,8 bilhões, e crescimento de 15,9%, a balança comercial do setor volta a ficar ligeiramente deficitária, após ter atingido pequeno superávit em 2005, quando as exportações foram de US$ 8,6 bilhões e as importações, US$ 8,5 bilhões.
Embora as importações apresentem crescimento um pouco superior às exportações, mantêm a média de 39% de participação no total de máquinas consumidas no País. As principais origens das importações são Estados Unidos, com US$ 2,8 bilhões, 28,5% de participação e 18% de crescimento; Alemanha, com US$ 1,6 bilhão (16,5% de participação e 5,1% de crescimento); Itália, com US$ 920 milhões (9% de participação e 28% de crescimento), Japão, com US$ 855 milhões (8% de participação e 18% de crescimento) e China, com US$ 527 milhões (5% de participação e 92% de crescimento).