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São Paulo, 27 de julho de 2025

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10/03/2007

O impacto da China na indústria brasileira

(10/03/2007) – A CNI – Confederação nacional da Indústria acaba de divulgar levantamento sobre o impacto da concorrência chinesa na indústria brasileira. Entre outros dados interessantes, chama a atenção o fato de que 12% das grandes indústrias brasileiras já produzem total ou parcialmente na China, além de outras 7% que planejam adotar estratégia semelhante. A transferência da produção foi a estratégia encontrada para enfrentar a concorrência com os produtos chineses.

Uma em cada quatro empresas industriais do País sofre a concorrência de produtos chineses no mercado brasileiro, principalmente em setores como têxtil, vestuário, equipamentos hospitalares e de precisão e calçados. Dessas, 52% afirmam que sua participação no mercado doméstico diminuiu.

No mercado internacional, a pesquisa registrou que algumas indústrias dos ramos de vestuários, couros e calçados deixaram de exportar porque não agüentaram a competir com a China. Segundo a CNI, 54% das indústrias brasileiras que exportam concorrem com os chineses. Dentre elas, 58% perderam clientes para concorrentes da China.

O coordenador da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, avalia que, para os próximos anos, a tendência é de que haja mais acirramento da concorrência entre a indústria brasileira e os produtos da China. “Por isso é preciso criar condições para enfrentar essa concorrência”, afirmou.

Para Castelo Branco, não é possível colocar salvaguardas sobre todos os produtos chineses. Segundo ele, a solução está em melhorar a capacidade de competição das empresas brasileiras. A adoção de eventuais medidas de proteção comercial contra a invasão de produtos chineses foi dificultada depois que o governo Lula reconheceu a China como economia de mercado para ajudar a entrada daquele país na Organização Mundial de Comércio. Com esse acordo, a adoção de medidas de proteção passou a depender de uma série de exigências, como longos processos em que deve ser provado e calculado o possível dano que os produtos chineses causam à indústria nacional.

A pesquisa mostrou ainda que a principal estratégia das empresas para enfrentar a concorrência chinesa é a redução de custos. Do total de empresas ouvidas pela CNI, 48% afirmaram que estão adotando essa tática para enfrentar a competição. A CNI ouviu 1.581 indústrias nacionais, sendo 1.367 de pequeno e médio portes e 214 grandes empresas, de 5 de janeiro a 1º de fevereiro.

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