(24/03/2007) – Fabricante de carrocerias de Erechim (RS), a Comil vai colocar em prática em 2007 um plano para retomar sua participação de mercado de 14% registrada em 2002. A empresa reposicionou sua força de vendas e voltou seu foco às necessidades de seus clientes. Na prática isso significa intensificar sua aproximação com os transportadores para estar sempre atento ao tipo de carro que estão buscando.
Em preparação do plano de retomada, em 2006, a empresa investiu nas áreas de assistência técnica e serviço de pós-venda. “O ano passado foi marcado por ações visando à retomada do crescimento da empresa”, diz Deoclécio Corradi, presidente da empresa. Também investiu no aumento da produtividade com um trabalho de redução de custos junto aos fornecedores, considerado essencial para atuar num mercado que a cada ano se torna mais competitivo. A estimativa para este ano é elevar em 13% o volume de comercialização.
A empresa também passa a contar com um novo diretor industrial, o engenheiro Luiz Paulo Hauth, que chega trazendo experiências de empresas como Kepler Weber, grupo Dana Albarus e Delphi.
2006 – A Comil obteve bons resultados em 2006. O faturamento alcançou R$ 265 milhões, superior aos R$ 258 milhões obtidos em 2005. Foram produzidos 2.221 veículos e a empresa fechou o ano com share de 9% do mercado total. No mercado interno, negociou 1.614 ônibus, volume superior aos 1.271 vendidos em 2005.
Os destaques foram a venda de ônibus urbanos e intermunicipais. Enquanto o mercado obteve crescimento de 8.428 unidades em 2005 para 11.569 no ano passado, a Comil dobrou suas vendas de ônibus urbanos, de 405 unidades em 2005 para 832 em 2006, com os modelos Svelto e Doppio.
Quanto às exportações, embora os resultados finais tenham sido inferiores aos de 2005, o comportamento das vendas mostra que a empresa tem condições de disputar no exterior o mercado de produtos de maior valor agregado, especialmente os ônibus da linha rodoviária Campione. A empresa negociou um total de 607 unidades, destas 80% corresponderam a ônibus rodoviários. Em 2005, foram exportados 1.111 ônibus, sendo que 514 para um único comprador no Catar. “Em 2006, as vendas foram mais pulverizadas, o que é positivo, considerando que conquistamos novos clientes”, diz Corradi.