São Paulo, 01 de maio de 2024

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16/06/2007

Máquinas chinesas chegam ao Brasil por até US$ 4/kg

(16/06/2007) – Injetoras de plásticos, máquinas têxteis e máquinas gráficas são alguns dos produtos importados da China que chegam ao Brasil com preço entre US$ 4 e 5 por quilo. Segundo Luiz Aubert Neto, presidente eleito da Abimaq, esse valor é inferior até mesmo ao custo da matéria-prima (aço) dessas máquinas. O custo mínimo de uma máquina no mercado nacional está em torno de US$ 15/kg.

Aubert citou este fato – já motivo de processo antidumping movido pela entidade – ao comentar as medidas lançadas pelo governo na semana passada. Em sua opinião, o governo tem apregoado que a desvalorização cambial contribui para a importação de máquinas e equipamentos, o que possibilita a modernização do parque industrial brasileiro. Aubert – que toma posse no final de julho – diz não ser contrário à importação de máquinas, “desde que tragam inovações tecnológicas, que agreguem valor à indústria nacional”. Além disso, acrescenta, os produtos importados devem estar sujeitos à mesma carga tributária imposta aos produtos nacionais: “Queremos isonomia”.

O empresário lembrou que no primeiro quadrimestre de 2007, as importações de máquinas e equipamentos somaram US$ 4,2 bilhões, com crescimento de 26,8%, em relação ao mesmo período de 2006, enquanto as exportações tiveram alta de 25,5%, chegando a US$ 3,2 bilhões. Porém, mais de 30% das exportações nacionais estão concentradas nos segmentos de máquinas rodoviárias e de equipamentos pesados, além de um volume significativo de negócios realizados intercompany, ou seja, para matrizes de filiais brasileiras.

Para ele, esse crescimento das importações é reflexo da política cambial “que mantém o real artificialmente valorizado”. Com isso, mais de 80% dos segmentos industriais abrigados na Abimaq estão sendo fortemente afetados pelo dólar baixo. “Esse câmbio está esmagando alguns setores. O de máquinas para plástico registrou queda de 10% de janeiro a abril, enquanto o de máquinas têxteis caiu 30%”. No período, o setor de máquinas e equipamentos cresceu 8,6%.

Aubert promete apresentar um conjunto de propostas quando tomar posse. Entre elas, adianta que estará a formação de uma parceria com os portos. “Vamos propor aos portos que, quando chegarem máquinas da China, a Abimaq seja comunicada. Nós enviaremos especialistas para verificar se as mesmas estão com o preço correto e na classificação correta”. Com isso, estima redução de 50 a 60% nas irregularidades.

Outra medida visa a desoneração de máquinas e equipamentos. “Hoje, as máquinas exportadas são desoneradas de ICMS, IPI, PIS e Cofins. Por quê não adotar a mesma prática no mercado interno? Por quê tratar o comprador mexicano de forma diferente do comprador brasileiro?”, questiona.

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