A CNI (Confederação Nacional da Indústria) avalia que a ampliação da produção industrial, de 1,3% em maio comparado a abril (dados ajustados sazonalmente) e de 4,9% em relação a maio de 2006, apurada pelo IBGE, é significativa, porém em um ritmo ainda aquém da expansão da demanda no Brasil. Os resultados apurados na produção física do IBGE seguem na mesma direção e intensidade de crescimento das horas trabalhadas na produção apurada pela CNI. Essa é uma tendência observada não apenas no mês de maio, mas ao longo de 2007.
BENS DE CAPITAL – A produção industrial em maio expandiu-se em todas as categorias de uso, com destaque para os bens de capital. O aumento da produção de bens de capital é um indício importante de expansão dos investimentos e do parque produtivo brasileiro, o que é positivo para a atividade industrial.
Na desagregação da produção por setores da indústria, o que se destaca, contudo, é a heterogeneidade dos resultados. Essa também é uma característica coincidente com a pesquisa Indicadores Industriais da CNI. Se, por um lado, existem setores que apresentam taxas anuais de crescimento de dois dígitos, como o de equipamentos de informática e o de máquinas e equipamentos, por outro existem setores com queda na produção nesse período, a exemplo dos setores de madeira, de calçados e de materiais eletrônicos e de comunicação.
A constatação de que o crescimento industrial não ocorre de forma homogênea entre os setores industriais reforça a necessidade de avançar na busca por aumento de competitividade e por estímulo ao investimento, em especial para os setores mais diretamente afetados em competitividade, por conta da valorização do real.
