O desempenho do setor de máquinas e equipamentos no primeiro semestre de 2007 surpreendeu os próprios fabricantes. O faturamento no período atingiu R$ 28,8 bilhões, 10,1% acima do registrado no mesmo período do ano passado. “Estamos acima de 2005”, informa Newton de Mello, que se despedia do cargo de presidente da Abimaq. “É um resultado bastante expressivo, eu diria até inesperado”.
Para o dirigente, a entidade não encontrou um diagnóstico preciso que explique o atual crescimento. Uma das possibilidades levantadas é a recuperação da agricultura, pelo peso que esse setor tem na economia brasileira e que pode estar se refletindo na alta das vendas de bens de consumo.
“Acho que 2007 vai finalizar melhor que 2006, quando tivemos queda de 2,1% no faturamento”, diz Mello, lembrando porém que o efeito cambial vai continuar incidindo sobre o setor, facilitando as importações e dificultando as exportações.
No primeiro semestre as importações cresceram 31%, contra 21% das exportações. As máquinas importadas já representam 42,2% do consumo nacional, contra 39,3% do ano passado. “Ainda que em ritmo decrescente desde o início do ano, as vendas externas somam US$ 4,7 bilhões. Já as importações somaram US$ 6,8 bilhões”.
SEGMENTOS – Das 27 câmaras setoriais que compõem a Abimaq, apenas 9 têm estatísticas em separado. Dessas, apenas máquinas têxteis registrou queda no período, de 16%. Já o destaque positivo ficou com máquinas para madeira que cresceu 74,3%. As vendas de válvulas industriais cresceram 35,4%, máquinas agrícolas (32,6%), bombas e motobombas (15,4%), bens sob encomenda (14,6%), equipamentos hidráulicos e pneumáticos (11%), máquinas-ferramentas (4,1%) e máquinas para plásticos (4,%).
