A indústria de máquinas e implementos agrícolas está em recuperação, após a forte crise que se abateu sobre a agricultura em 2005/2006 e que derrubou as vendas do setor. O mais recente balanço do setor divulgado na semana passada pela Abimaq aponta aumento de 33,9% no período janeiro-maio de 2007, em relação ao mesmo período do ano passado.
Newton de Mello – que está deixando o cargo de presidente da Abimaq – embora qualifique a recuperação do setor de “notável”, lembra que a base anterior era muito baixa. “No ano passado, esse setor chegou ao fundo do poço, devido à queda das cotações dos cereais na Bolsa de Chicago”, informa. O empresário frisa que a atual recuperação de preços nos mercados internacionais, em especial do milho e da soja, também explica o aumento da demanda por máquinas e implementos.
Porém, o faturamento do setor nos primeiros cinco meses de 2007 (R$ 2,30 bilhões) ainda é inferior ao registrado em igual período de 2004 (R$ 2,52 bilhões).
Segundo a Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, o crescimento do faturamento se dá apesar do câmbio, que favorece a importação de equipamentos. No mesmo período em que as exportações cresceram apenas 14% (R$ 245 milhões), as importações de máquinas e implementos agrícolas deram um salto de 147,8% (R$ 76 milhões).
Internamente, a Câmara da Abimaq informa que o impulso às vendas se deve ao avanço da cultura dos “3C” (café, cítricos e cana-de-açúcar). Vale lembrar, porém, que a cultura de cana-de-açúcar, que está em alta no País, ainda é pouco mecanizada.