(12/08/2007) – Há cerca de dois meses, a fábrica de motores da Tritec em Campo Largo (PR) foi fechada. O fim da joint venture entre BMW e DaimlerChrysler que mantinha a unidade e a falta de novos pedidos (já que a PSA passará a fornecer motores para o Míni, da BMW) foram apontados como os principais motivos.
Nos dias que seguiram ao fechamento, parte dos funcionários que estavam de licença foram demitidos. A DaimlerChrysler (agora já apenas Chrysler) adquiriu a participação da BMW e anunciou que pretendia vender a Tritec. Tudo apontava para um fim melancólico, até porque o até então único interessado a se manifestar publicamente – a chinesa Lifan – divulgou que tencionava desmontar a fábrica e transportá-la para a China.
Notícias mais recentes, porém, ampliam o número de interessados, duas empresas russas (GAZ e AutoVAZ), entre elas. Mas as melhores notícias, principalmente para os paranaenses, dão conta que entre os possíveis compradores estariam a Fiat – que está no limite da capacidade em Betim (MG) – e a Óbvio, fabricante de míni-carros do Rio de Janeiro que tem contrato assinado com a Tritec para o fornecimento de motores a partir de 2008.
Enquanto a Chrysler continua “em busca de alternativas viáveis”, Fiat e Óbvio oficialmente negam interesse. Por outro lado, a Óbvio já citou a Tritec judicialmente, ameaçando ir à justiça caso o contrato não seja cumprido. O documento, já publicado por vários órgãos de imprensa, informa que “não hesitará em adotar medidas cabíveis para assegurar o cumprimento integral da proposta de fornecimento de motores”.