(07/10/2007) – Desde o início dos anos 2000, a produção brasileira de motos cresce em percentuais bem superiores à de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. A diferença foi de 123% para 54% até 2006. Nos próximos cinco anos a fabricação de motos tende a continuar sendo superior, apesar do grande aumento na produção de automóveis, já verificado em 2007.
As projeções da Comissão de Forecast do Sindipeças indicam que este ano serão montadas no Brasil 1,7 milhão de motos. Em 2012, o volume poderá chegar a 3,3 milhões. “A moto é hoje o meio de transporte mais barato e rápido”, afirma Edson Yoshimura, coordenador do Subgrupo de Motocicletas. “A facilidade de crédito em longo prazo e as taxas de juros menores tornaram a moto o verdadeiro carro popular no Brasil.”
As vendas de motos no primeiro semestre deste ano mostraram claramente grande crescimento de mercado na Região Nordeste: 107% de aumento nos Estados nordestinos ante 25,8% na média nacional. É possível adquirir uma moto sem entrada e em até 72 prestações mensais. “Em regiões onde a população tem menor poder aquisitivo, isso torna possível o sonho do veículo novo próprio”, diz Yoshimura. Ele ressalta porém que a previsão do Sindipeças de crescimento da produção de motocicletas considera o cenário macroeconômico atual e o parque de montadoras instalado no Brasil. “Ainda não sabemos o que os chineses pretendem fazer por aqui”, adverte.
Segundo a entidade, circulam pelas ruas e estradas brasileiras cerca de 6,3 milhões de motocicletas. O crescimento da frota foi de 151% de 2000 a 2006, segundo o Estudo da Frota Circulante Brasileira do Sindipeças. A idade média, em 2006, era de 4 anos e 9 meses. Aproximadamente 47% com até 3 anos e 7% com mais de 10 anos. Na participação por categoria, o maior percentual, 53%, é de 105 a 135 cilindradas.
