(17/11/2007) – Para solucionar os problemas criados com o fornecimento de gás à Ceará Steel, usina que pretende construir no Ceará em parceria com a coreana Dongkuk, a Companhia Vale do Rio Doce anunciou na semana passada a mudança no combustível a ser utilizado. Em vez do gás – com preço subsidiado pela Petrobras, origem dos principais dificuldades do início do projeto -, o carvão.
Segundo a Vale, está prevista a assinatura de um memorando de entendimentos com a Dongkuk no próximo dia 20, em Brasília, por ocasião da visita do chairman do grupo, Saejoo Chang, ao Brasil.
O projeto, cujo estudo final de viabilidade será concluído nos próximos meses, prevê a instalação de uma usina integrada à base de minério de ferro e carvão, com capacidade inicial de produção de 2,5 milhões de toneladas anuais de placas de aço. A concepção modular do projeto prevê a sua expansão futura para até 5 milhões de toneladas anuais. O investimento previsto para a primeira fase do projeto é de US$ 2 bilhões, valor a ser ainda confirmado ao longo dos estudos finais do projeto.
Se confirmada a construção da usina cearense, será o terceiro grande projeto siderúrgico atraído pela CVRD num período de três anos, somando-se à CSA/ThyssenKrupp (RJ) e à CSV/Baosteel (ES), expandindo a produção nacional de aço em 12,5 milhões de toneladas, com investimentos superiores a US$ 10 bilhões.
