São Paulo, 13 de dezembro de 2025

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01/06/2008

Risco de apagão de engenheiros é iminente

(01/06/2008) – O estudo “Mercado de Trabalho para o Engenheiro e Tecnólogo no Brasil”, divulgado pelo Sistema Indústria em parceria com o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), mostra que a carência de mão-de-obra qualificada no setor tecnológico continua a ser um dos principais problemas que emperram o desenvolvimento econômico do País.

Segundo o Confea, a pesquisa confirma que o País está iminência de um “apagão de engenheiros”, expressão muito utilizada por Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque, secretário executivo da ABIPTI – Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica.

O estudo foi feito com dados de 2007. Foram entrevistadas 1.098 empresas, de todos os portes e setores, de todas as regiões do País. A pesquisa dá seqchr38uuml;ência ao Inova Engenharia, programa de mobilização nacional em prol da modernização na educação da engenharia brasileira. A iniciativa conta com o apoio diversas instituições do meio acadêmico e dos setores públicos e privado brasileiro.

Na avaliação do presidente em exercício do Confea, Ricardo Veiga, a curto prazo, uma solução para resolver a questão da falta de pessoal qualificado seria o retorno de engenheiros que atuam no exterior. “Mas isso é difícil. São profissionais que se prepararam para atuar fora. Para retornar, teriam que ter salários compatíveis”, afirma. A médio prazo, Veiga acredita que é necessário estimular a opção por cursos técnicos e por profissões que têm a engenharia como base, o que não vem ocorrendo nos últimos anos. “A longo prazo, além de uma formação mais moderna, é preciso investir em pesquisa.”

Estágio atual da engenharia brasileira – Uma das seções do trabalho avalia o atual estágio da engenharia brasileira. A análise feita indica que a engenharia brasileira está quase que exatamente na média do adequado, sem nenhuma nota que se destaque para os aspectos selecionados. A avaliação também aponta que o grau de atualização das escolas de engenharia do Brasil fica abaixo da média. “As respostas às perguntas sobre o que poderia ser feito para melhorar o ensino de engenharia no Brasil indicam que, no Brasil, a universidade é pouco participante no processo de geração de inovação e tem dificuldades para acompanhar a indústria.”

A pesquisa revela ainda grande distância entre o que as escolas ensinam e aquilo que o mercado demanda. A principal queixa, a falta de prática profissional, é parcialmente resolvida pelo esquema de estágios e programas de trainees, mas mesmo assim as empresas alegam que precisam fazer uma contribuição substantiva sob a forma de treinamento na empresa, cursos fora e tempo de adaptação do engenheiro aos processos e produtos específicos da empresa.

Entre as sugestões apresentadas constam: um ensino mais prático; a oferta de cursos de especialização de foco restrito, porém em profundidade para áreas de interesse específico das empresas; evitar a preocupação só com os aspectos técnicos, colocando mais ênfase no trabalho em equipe, na capacidade de liderança e de gerenciamento de equipes e projetos complexos.

Tecnólogos – Do total das empresas entrevistadas, 39% disseram já ter contratado tecnólogos. Na média, são 7,5 tecnólogos por empresa, em comparação com os 12,7 engenheiros por empresa. “Com tempo de formação mais curto, esse setor do ensino pode adaptar-se mais rapidamente à demanda do que o ensino superior tradicional, mais moroso e controlado na criação de vagas”, diz o estudo. Parte dos entrevistados também acredita que o tempo de formação mais curto do tecnólogo ainda permite que ele esteja mais atualizado ao se formar.

A pesquisa indica que, até o momento, a qualidade dos tecnólogos formados parece estar satisfazendo o mercado, que lhes dá uma média de 7,1, com 70% dos que fizeram a avaliação atribuindo-lhes notas entre sete e dez.

As áreas em que os tecnólogos são mais reconhecidos são as de mecânica, informática e as relacionadas à construção civil. Ainda segundo o estudo, com o sucesso em termos de qualidade de formação e agilidade no atendimento das demandas do mercado, a predisposição de aumento de contratações é um pouco mais alta do que para a contratação de novos engenheiros (65% contra 62% dos engenheiros).

Fonte: Gestão C&T – Mais informações no site: www.abipti.org.br

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