(18/05/2008) – Na Feira da Mecânica, a Mello Máquinas apresentou novos modelos de retificadoras. De acordo com o diretor Newton de Mello, este é o resultado dos investimentos que a empresa tem feito para desenvolver máquinas com maior valor agregado tecnológico que possam fazer frente a máquinas chinesas que estão ocupando espaço crescente no mercado brasileiro.
“Não queremos nos comparar em preço. Estamos lançando máquinas com diferenciais tecnológicos que as máquinas chinesas não oferecem”, informa. Mello reconhece que, com o real valorizado, é muito difícil concorrer com os preços oferecidos pelos chineses.
“Decidimos investir em máquinas mais precisas e produtivas”, diz o diretor, citando a nova retífica plana tangencial ( modelos P36, P58 e P58-1000), que incorpora um sistema NC-IHM – desenvolvido pela WEG com software da Mello. “Esse sistema é um CNC aplicado apenas no eixo vertical da máquina”, diz, explicando que o recurso é um item standard da máquinas. “Acrescentamos esse equipamento à máquina, mas mantivemos o preço de uma máquina do mesmo porte convencional”.
Outra novidade é a retífica cilíndrica CNC de pequeno porte. Antes a linha da Mello comportava somente modelos acima de 800 mm. A UNN2-400 tem 400 mm e os clientes podem optar entre equipá-las com CNC Fagor ou Fanuc. O diretor explica que a idéia foi oferecer um modelo mais compacto para atender às novas demandas do mercado. “A idéia é popularizar essa máquina, que tem um custo menor, mas é totalmente CNC”.
Na outra ponta, na dos modelos de grande porte convencionais, a Mello desenvolveu uma retífica cilíndrica de 2200 mm – 700 mm a mais que o maior modelo da linha. “Este modelo vem atender o mercado de eixos pesados, que estão sendo demandados pelas usinas de açchr38uacute;car e álcool”, observa.
Para Mello, as novidades mostram que a empresa está atenta às necessidades do mercado nacional. Em parte isso se deve ao decréscimo da participação das exportações no faturamento da empresa. “Em 2006, as exportações representavam 20% do faturamento. Com o real valorizado, esse índice vem caindo a cada ano”, diz lembrando que o mercado interno tem compensado com vantagens a queda das exportações. Em 2007, as vendas da empresa cresceram 18%. Para 2008, a expectativa é de aumento de 15% sobre as vendas do ano passado.