(07/02/2021) – A Stellantis – o conglomerado resultante da fusão dos grupos Fiat/Chrysler (FCA) com a Peugeot/Citroen (PSA) – anunciou na última segunda-feira, 1, que irá produzir um novo modelo de veículo em sua fábrica de Porto Real (RJ), que completou neste mesmo dia 20 anos de operação no Brasil, sob a bandeira da PSA.
O anúncio confirma, pelo menos em parte, a disposição da nova companhia (que nasceu como o quarto maior grupo automotivo do mundo) de não reduzir o atual número de fábricas que mantém no Brasil e na Argentina (seis no total), herdadas da Fiat e da PSA, como chegou a ser ventilado no mercado.
A garantia da continuidade das operações foi dada no último dia 19 de janeiro por Carlos Tavares, CEO da Stellantis, reafirmando o que disseram inicialmente os dois grupos quando revelaram as tratativas para a união global, ainda no final de 2019. “Há muito mais coisas para se fazer em uma fábrica antes de cortar empregos”, enfatizou Tavares.
O novo veículo começará a ser produzido já no segundo semestre deste ano. Ele será fabricado em uma variante da nova plataforma global modular CMP, que foi implantada no complexo da Peugeot e Citroën em Porto Real a um investimento de cerca de R$ 220 milhões.
O anúncio não especificou qual marca do Grupo Stellantis deverá ganhar um novo modelo. “Só podemos dizer por enquanto que ele dará origem a uma nova família de veículos”, disse Antonio Filosa, presidente da Stellantis na América do Sul. Mas o que se comenta no mercado é que será um SUV baseado na nova geração do Citroën C3.
Há de fato indícios apontando para isto. O modelo já foi registrado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), tendo até sido flagrado em testes no Brasil. Este novo SUV, que já estaria em fase avançada de projeto, ficaria abaixo do C4 Cactus no portfólio da marca francesa.
A fábrica de Porto Real já produziu em seus 20 anos de operação mais de 1,7 milhão de veículos, de 16 modelos diferentes, entre as marcas Peugeot e Citroën, além de mais de 2 milhões de motores. A linha de montagem recebeu investimentos em novos processos e tecnologias de cerca de R$ 580 milhões entre 2016 e 2018, o que a tornou uma das mais modernas do país.
